Pais de Boas Obras

Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, edição de 7 e 8 de agosto de 2010, sábado e domingo. | Atualizado em julho de 2024.

Dia dos Pais! Nosso pensamento se eleva em primeiro lugar ao Pai de todos, o Celestial, que gerou nossos pais e fez igualmente de nós pais. Alguns argumentam: “E como ficam os homens que não têm filhos?”

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Já expliquei que pai também é aquele que faz nascer Boas Obras — como que suas filhas —, o que levanta indispensáveis construções espirituais e sociais — como que seus filhos. Grandes figuras da humanidade não foram genitores no sentido literal da palavra, contudo trouxeram à Terra filhos livros, descobertas científicas e desbravamentos filosóficos, morais, políticos, religiosos. São admiráveis descendentes que beneficiam multidões, geração após geração.

Vivian R. Ferreira

Christina, de 9 anos, em aula de Artes, ministrada pelo professor Samuel Pires, na escola da LBV no Rio de Janeiro/RJ.

Aos pais de filhos espirituais, carnais, do coração, morais, sociais, o reconhecimento fraterno da Legião da Boa Vontade, dos seus Centros Comunitários, Educacionais, Culturais, Artísticos, Esportivos; do Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP; do Centro Comunitário de Assistência Social Alziro Zarur, da LBV, em Glorinha/RS; de todas as obras que sustentamos pela força da Fé Realizante, porque a Fé, ensinou Jesus, remove montanhas. Ele nos incentiva: Se tiverdes Fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esse monte: sai daqui, lança-te ao mar, e assim acontecerá, porque tudo é possível àquele que crê” (Evangelho, conforme os relatos de Mateus, 17:20).

E mais afirmou o Divino Chefe: “Tudo é possível àquele que crê” (Evangelho, segundo Marcos, 9:23).

A quantos o Excelso Taumaturgo tem convidado: “Levantai e andai!” (Evangelho, consoante Lucas, 5:23).

E caminharam. A quantas pessoas ordenou: “Vede!” E viram. O Cristo curou cegos de nascença (Evangelho, segundo João, 9:1 a 12). Porque cada um recebe, Ele mesmo adverte: “de acordo com as obras de cada um” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27; e Apocalipse, 20:13).

Tela: James Tissot (1836-1902)

Detalhe da obra: O cego de Cafarnaum.

Arquivo BV

Dr. André Luiz

Seres de Boa Vontade, do Brasil, do mundo, do Plano Espiritual ainda invisível aos nossos parcos sentidos físicos, para a frente e para o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista! Como disse o Irmão André Luiz, Espírito: “A LBV é a nossa caravana de agora. Não nos iludamos: Jesus segue na vanguarda do nosso Movimento”.

Oração dedicada aos pais

Vamos elevar o nosso pensamento a Deus, ao Pai Celestial. Pedir a Ele a proteção para os pais terrenos. Na dor, no sofrimento, na guerra, a primeira invocação que se ouve por parte dos que padecem é o nome daqueles que os geraram. Agora, vamos orar a Prece Ecumênica de Jesus, a Oração do Senhor deste planeta, que se encontra no Seu Evangelho, segundo Mateus, 6:9 a 13.

Tela: James Tissot (1836-1902)

Detalhe da obra intitulada: A Oração do Senhor.

“Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso Reino. Seja feita a Vossa Vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia dai-nos hoje. Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoarmos aos nossos ofensores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque Vosso é o Reino, e o Poder, e a Glória para sempre. Amém!”

O sentido da liberdade verdadeira

“O pão nosso de cada dia dai-nos hoje. Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoarmos aos nossos ofensores.”

Fosse essa a súplica permanente do mundo e muita coisa se transformaria. Porque, para começar, estaríamos pedindo ao Criador o pão espiritual, a fortaleza para a nossa mente, o sentido da liberdade verdadeira, a independência de julgamento, que só pode vir pela celeste inspiração. Se o corpo precisa do alimento material, o Espírito necessita do pão da liberdade.

Mas o que é a liberdade? As mãos livres para fazer mal ao semelhante? Para infamar, para caluniar, uma comunidade, uma família? Não! Isso seria o mal estabelecido. A liberdade tem de ser iluminada pelo coração que ama, respeitando-se a Justiça que provém de Deus. Isso é que é moral, justo! Todavia, para que essa concepção possa, na verdade, viger, edificando um país, temos de procurar a compreensão do que seja realmente a Lei Divina.

Urge nos conscientizarmos de que o Amor Fraterno é também Justiça, não condescendência com o erro. Alguém pode perguntar: “Mas o que está certo e o que está errado?”

O que causa prejuízo e dor não pode estar correto. O desequilíbrio da humanidade vem muito disso.

Jesus como paradigma

Salve o Dia dos Pais, o Dia das Mães, dos Avós! Salve, Jesus! Às crianças e aos jovens do Brasil e do exterior, a nossa saudação! Que a grama verde (a mocidade), descrita no estudo sem tabus do Apocalipse, não seja destruída. Do contrário, não haverá continuidade de vida na Terra.

Primeira Trombeta

(Apocalipse, 8:7)

“O Primeiro Anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda grama verde [a infância e a mocidade].”

E quando falamos não ser aniquilada a juventude, não pensamos somente no sentido restrito da morte do corpo físico, porque, se a consciência estiver falida, estaremos mortos também. Existem o intelecto e a consciência. A segunda guia-nos à sabedoria, quando iluminada, se assim o quisermos, pela Bondade Divina.

Que a Paz de Deus esteja agora e sempre no coração de todos e de todas, quer acreditem na Espiritualidade Superior, quer sejam ateus ou ateias! O importante é ser honesta, digna; ser honesto, digno. Aí está o segredo: Jesus como paradigma! Que Ele tenha piedade ­de nós, e que a Sua Generosidade conduza os nossos destinos!

Arquivo BV

Dona Idalina, "seu" Bruno e Lícia. A família Paiva num álbum de família.

Finalizando, registro, emocionado, meus sinceros agradecimentos ao meu saudoso pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000). Um dos principais responsáveis pela minha formação cultural, ainda que modesta. Constantemente me presenteava com livros, preocupado que foi com a educação do filho, como também de minha irmã, Lícia Margarida (1942-2010). Receba, seu Bruno, onde estiver, ao lado de dona Idalina (1913-1994), um beijo no coração! 

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.