Quem quiser diminuir a sua dor ajude os que sofrem

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós”, de novembro de 2014. | Atualizada em julho de 2021.

Alguns, em face de qualquer adversidade, dizem: “Deus não existe porque aconteceu algo de ruim comigo!”

Mas e o Bem que se dá com os outros a todo minuto e que outrora se deu com você? Ou que virá a acontecer-lhe? Os queixosos esquecem-se, por vezes egoisticamente, de que, se estão sofrendo naquele momento — e que já tiveram ocasiões várias de felicidade — muitos e muitos, neste justo instante, exultam de alegria. Mesmo assim, conforme afirmei em meu livro Sabedoria de Vida (2001), Deus é a Divina Compaixão a esclarecer os pessimistas intransigentes.

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Aliás, não desejamos com esse raciocínio menoscabar as angústias de ninguém que possa estar carpindo uma vida inteira de sofrimentos. Trabalhamos, isso sim, por minorar o calvário desses queridos seres espirituais e humanos, ao apresentar-lhes o supino exemplo do Cristo, que, sendo o Filho Amantíssimo do Pai Celestial, padeceu o martírio de um mundo, até hoje, selvagem, e nele ainda mais fez brilhar Luz, Poder e Autoridade, não para Si próprio, porém para os Seus irmãos e irmãs, reitero.

Todavia, um gigantesco passo para a realização pessoal é libertarmo-nos do egoísmo exacerbado, que não nos deixa reconhecer no contentamento alheio forte impulso para a sustentação de nossa Alma.

Aconselhei em Como Vencer o Sofrimento (1990): Quem quiser diminuir a sua dor ajude os que sofrem.

E em meu artigo “Aplacar a tempestade”, publicado no ano de 2013 em diversos jornais e sites, escrevi: Diante das mais variadas situações, em que a dor, a angústia e o desespero chegam, muitas vezes sem avisar, é imprescindível o gesto solidário das criaturas em prestar socorro espiritual e material ao seu próximo. E, ao lado desse apoio imediato, é preciso alimentar a força da esperança e da Fé Realizante, que movem o ser humano a se manter sob a proteção do Pai Celestial e o estimulam a arregaçar as mangas e concretizar suas mais justas súplicas.

Vivian R. Ferreira
Arquivo BV

Bem a propósito estas belas palavras da poetisa norte-americana Emily Dickinson (1830-1886):

“Se eu puder evitar que um coração se parta,

“Eu não terei vivido em vão;

“Se eu puder evitar a agonia duma vida,

“Ou acalentar uma dor,

“Ou assistir um desfalecido melro

“A voltar a seu ninho,

“Eu não terei vivido em vão”.

Portanto, é hora de — com decisão — deixarmos de pôr em Deus a culpa de nossas molecagens, entre elas a de arruinar nossa residência coletiva, enquanto bizantinamente discutimos “quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete”.

José de Paiva Netto est écrivain, journaliste, homme de radio, compositeur et poète. Il est né le 2 mars 1941, à Rio de Janeiro, Brésil. Il est président de la Légion de la Bonne Volonté (LBV) et membre effectif de l’Association Brésilienne de la Presse (ABI) et de l’Association Brésilienne de la Presse Internationale (ABI-Inter). Affilié à la Fédération Nationale des Journalistes (FENAJ), à l’International Federation of Journalists (IFJ), au Syndicat des Journalistes Professionnels de l’État de Rio de Janeiro, au Syndicat des Écrivains à Rio de Janeiro, au Syndicat des Professionnels de la Radio à Rio de Janeiro et à l’Union Brésilienne des Compositeurs (UBC). Il fait aussi partie de l’Academia de Letras do Brasil Central [Académie des Belles Lettres du Brésil Central]. C’est un auteur de référence internationale reconnu pour la conceptualisation et la défense de la cause de la Citoyenneté et de la Spiritualité Œcuméniques, qui, selon lui, constituent « le berceau des valeurs les plus généreuses qui naissent de lÂme, la demeure des émotions et du raisonnement éclairé par lintuition, lenvironnement qui englobe tout ce qui transcende le domaine vulgaire de la matière et vient de la sensibilité humaine sublimée, comme la Vérité, la Justice, la Miséricorde, lÉthique, lHonnêteté, la Générosité, l’Amour Fraternel. En bref, la constante mathématique qui harmonise l'équation de l'existence spirituelle, morale, mentale et humaine. Or, sans cette conscience que nous existons sur deux plans, et donc, pas seulement sur le plan physique, il nous est difficile d'atteindre la Société réellement solidaire, altruiste et œcuménique, car nous continuerons à ignorer que la connaissance de la Spiritualité supérieure élève la nature des êtres et les conduit, en conséquence, à construire une citoyenneté planétaire. ».