Razão e Fascínio

Fonte: Revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 92, de setembro de 2006 | Atualizado em junho de 2024.

Para a reflexão de todos, apresento texto que publiquei no segundo volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1990), cujo título é “Razão e Fascínio”, escrito por mim ainda jovem, aos 18 anos de idade. Vamos à página:

Arquivo BV

Alziro Zarur

Alziro Zarur (1914-1979) costumava dizer, nas suas pregações, que “atingir o equilíbrio é a meta suprema”. E concluía: “O Bem nunca será vencido pelo mal”. Ora, para não ser atingido pelo mal, pecado, frustração ou como queira chamá-lo, o ser humano deve ter Boa Vontade, a de Deus, o que significa dizer: conservar, ao lado de acentuado bom senso, vontade firme. Será, pois, aquele que cultiva o equilíbrio, por pior que seja a tempestade; que sabe aquilo que realmente é, visto que ilumina seu caminho na Verdade (de Deus) e não nega de antemão o que pode existir. Sabe porque sabe, isto é, porque aprende humildemente, sem considerar-se dono da Verdade, pois ninguém o é. Já o falho de ânimo, que se permite arrastar pelos outros, ou pela aparência dos fatos, acredita naquilo em que as pessoas em quem acredita disseram para acreditar... Assim o faz por gostar delas e de certas coisas, às quais se acostumou e crê não poder viver sem... Este é o prisioneiro das convenções, o “maria vai com as outras”. Aqui entra o sentimentalismo censurado por R. H. Blyth*1 (escritor citado por José J. Veiga*2) como aquilo que “é dar às coisas mais ternura do que Deus lhes dá”. Traduzindo em linguagem simples, é ser “mais realista do que o rei”.

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Reprodução BV

José J. Veiga e R. H. Blyth

Resumindo: o primeiro, o de Vontade Boa, guia-se pela razão iluminada por Deus; o segundo, o de vontade negligente e que não conheceu a verdadeira iniciação espiritual, deixa-se dominar por fascínio. É um triste escravo do medo.

(Eis aí: “Ninguém é dono da Verdade”, conforme dizia Zarur.)

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*1 Reginald Horace Blyth — (1898-1964).
*2 José J. Veiga — (1915-1999).

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.