A Mensagem do Túmulo Vazio

Fonte: Jornal O Sul, edição de 17 de março de 2008, segunda-feira. | Atualizado em março de 2021.

Nos originais de minha obra Liderar sob a Proteção de Deus, encontram-se escritos que encaminhei aos que, ao longo dos anos, labutam comigo nas Instituições da Boa Vontade (IBVs)*1. Nesses textos, procuro realçar a imprescindível ferramenta da Espiritualidade Ecumênica para o sucesso nas empreitadas de nossas vidas. Um deles, de 25/8/1997, Rio de Janeiro/RJ, madrugada de segunda-feira, aborda o mais destacado fato da Semana Santa. Como o documento é extenso, separei alguns dos seus pontos:

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O Ideal da Boa Vontade sempre sobreviverá, porque tem o seu corpo místico iluminado por uma inegável natureza realista que desce de Deus, tal qual a Nova Jerusalém, visto que incorpora em si mesmo Novo Céu e Nova Terra*2 (Apocalipse, 21:1 e 4).

O Novo Céu e a Nova Terra

1 E vi Novo Céu e Nova Terra, porque o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 Eu, João, vi também a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, que da parte de Deus descia do Céu, vestida como noiva adornada para o seu esposo.

3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão Seu povo, e o próprio Deus, no meio deles, será o seu Deus.

4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, não haverá mais morte, não haverá mais luto, não haverá mais pranto, nem gritos, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Tela: Sátyro Marques (1935-2019)

Título da obra: O Novo Céu e a Nova Terra — A Nova Jerusalém.

Arquivo BV

Alziro Zarur

Jesus, o Supremo Governante da Nova Jerusalém, é a certeza imortal de dias melhores, mais solidários. Em Suas mãos potentes tremula o lábaro do Terceiro Milênio*3 da Esperança.

Esse trabalho, que teve início com a pregação do Apocalipse, em 1949, surgiu clareado por um forte otimismo, porquanto Alziro Zarur (1914-1979), fundador da LBV, não apresentou o Livro das Profecias Finais como o anúncio trágico de fim de mundo, mas, sim, como realmente ele é: o aviso renovado de uma grande transição, em que “a cada um será dado de acordo com as suas próprias obras” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27, e Apocalipse de Jesus, 22:12). Não se trata, pois, do “fim da Terra”, porém do encerramento de uma era que não tinha mais como continuar. O desamor reinava em demasia.

(Leiam o “Sermão Profético” ou “Sermão do Fim do Mundo” e a “Grande Tribulação”, de autoria de Jesus — Evangelho, consoante os relatos de Mateus, capítulos 24 e 25; Marcos, 13; e Lucas, 21.)

Efemeridade das civilizações

Civilizações que se consideravam insubstituíveis tiveram a sua “eternidade” revelada como efêmera, à semelhança da curta duração das “rosas de Malherbe*4”.

Ora, somos Espírito e, como tal, infinitos. Assim sendo, não podemos temer fronteiras constrangedoras de tempo e espaço, como querem alguns. Nem amesquinhar a Mensagem Profética de Deus. Ela que —  se nos mostra a razão transitória dos brilhos terrenos, cuja transformação está exposta nos Selos, Trombetas e Flagelos do Apocalipse — nos demonstra também a perenidade das construções do Espírito do ser humano. Isso quando ele reconhece, racional ou intuitivamente, receber de Deus, por intermédio do Cristo Ecumênico, o Libertador Divino, e dos Espíritos Santos, toda a luminosidade do pragmatismo deles, que historicamente se expressa na Ressurreição de Jesus. E ela — a Profecia Celeste —  nos oferece a certeza de que não ocorrerá a destruição do planeta, segundo pregam certos pessimistas crônicos. O que anuncia é um desabar da parte deteriorada de uma estrutura apodrecida, como no findar dos reinados e impérios. E é de tal forma flagrante que o Evangelista-Profeta não mais enxerga nem o antigo Céu (com seus terríveis umbrais ou purgatórios) nem a velha Terra (com seus infernos de guerras, fomes, misérias, fanatismos, racismos, resumindo: ódios de todos os matizes que ofendem um Pai, que é Amor). 

De um pretenso término do planeta, ergue-se extraordinário princípio.

Tela: Carl Bloch (1834-1890)

Detalhe da obra: A Ressurreição.

A morte não pode deter a ação do Espírito

Como houve a Ressurreição de Jesus, no simbolismo emblemático do Túmulo Vazio, a nos alertar para o fato de que a morte não pode deter a ação do Espírito, perpetuamente haverá para nós a certeza de épocas mais auspiciosas, pois que a afirmação de Deus no Apocalipse, 21:5, de que fará, não obstante as dores provocadas pela insensatez humana, “novas todas as coisas” é para valer. Necessário se faz, entretanto, que cooperemos em favor desse feliz desiderato, conforme advertência do Apóstolo Pedro em sua Segunda Epístola, 3:12 e 13,

— Esperando e apressando a vinda desse Dia do Senhor, por causa do qual o céu incendiado se desfará e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos Novo Céu e Nova Terra, nos quais habita a Justiça de Deus.

Tela: Frank P. Ordaz

Título da obra: O Túmulo Vazio.

Jovens, de corpo e de Alma, outra não é a tarefa de vocês senão levar, em todas as línguas, a pregação da Política de Deus, isto é, o Evangelho-Apocalipse do Cristo, às nações, sempre em Espírito e Verdade, à luz do Mandamento Novo do Sublime Chefe da humanidade: 

Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35).

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É hora de banhar, com o Clarão Divino, o Espírito Eterno da criatura, contribuindo com os esforços de tanta gente boa em ação pelo orbe. Por isso, a Super Rede Boa Vontade de Comunicação*5 está aí para universalmente propagar o notável Recado Celeste aos homens e às mulheres, aos jovens, às crianças e Espíritos, Almas Benditas da Boa Vontade de Deus. Falem, portanto, ao mundo!

A morte não é mais o lúgubre ingresso para o Nada

Não foi sem forte razão que Zarur afirmou: 

 —  Religião, Ciência, Filosofia e Política são quatro aspectos da mesma Verdade, que é Deus.

Com a Ressurreição de Jesus, a morte deixou de ser o lúgubre ingresso para o Nada; porquanto, na verdade, é a esplendorosa revelação de que a felicidade em Deus —  o Provedor de tudo o que moralmente necessitamos, para livrar-nos das mais profundas carências — é eterna, como perenes são as realizações do Bem, na Terra e no Espaço.

Respeitemos a Vida, e ela nos abençoará com a prosperidade e a liberdade espirituais que antecedem todo o contentamento*6.

Quando o Celeste Amigo revelou o Túmulo Vazio, acabou com os impossíveis, porque ressuscitou, conforme prometera, da morte para a Eternidade. E nós, com Ele. Graças a Deus!

Feliz Páscoa da Ressurreição de Jesus!

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*1 Instituições da Boa Vontade (IBVs) — Formadas pela Legião da Boa Vontade (LBV); pela Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo; pela Fundação José de Paiva Netto; e pela Associação Educacional Boa Vontade.

*2 O Novo Céu e a Nova Terra — Sobre essa marcante revelação bíblica, recomendamos a leitura do livro Jesus e as Sete Igrejas da Ásia – Éfeso (2023), no qual a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, transcreve importante análise feita, ao longo de décadas, pelo escritor e estudioso do Apocalipse, o Irmão Paiva Netto. Em especial o subtítulo “A liberdade do exílio” e o capítulo “O fulgor sublime a nos guiar”.

*3 Terceiro milênio — Mas que ninguém se esqueça de que o terceiro milênio tem mil anos. Tempo suficiente para que muitas dessas dificuldades sejam resolvidas.

*4 Rosas de Malherbe — Verso do poeta François de Malherbe (1555-1628): “E, rosa, ela viveu o que vivem as rosas”, o que significa uma vida efêmera, ou seja, que dura muito pouco.

*5 Super Rede Boa Vontade de Comunicação — Formada pela Boa Vontade TV, pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, pelos portais BoaVontade.com e ReligiaodeDeus.org, pelo aplicativo Boa Vontade Play e pelas revistas BOA VONTADE e JESUS ESTÁ CHEGANDO! Para outras informações, acesse www.BoaVontade.com.

*6 Na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, aprendemos que a grande chave das vitórias materiais neste mundo — duradouras e eticamente aplicáveis — deve ser, de início, conquistada no Plano Invisível, consoante a advertência de Jesus, no Evangelho, segundo Mateus, 6:33. Alziro Zarur, proclamador da Religião do Terceiro Milênio, batizou essa extraordinária promessa do Cristo de “A Fórmula Urgentíssima de Jesus” e Paiva Netto a denominou “A Fórmula Urgentíssima Econômica do Cristo”. Afirmou Jesus: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas”.

 

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.