Sempre haverá Esperança
Dos originais de meu livro O Capital de Deus (Editora Elevação), que vem sendo publicado em artigos, ressalto:
Se alguma coisa de ruim vier a nos acontecer coletivamente, será pelo abuso do que fizermos do nosso livre-arbítrio relativo*. Por exemplo, diante da violência no mundo, do embrutecimento do coração humano, parte das novas gerações está sendo influenciada pela distorcida ideia de que o certo é ser violento. Enganam-se aqueles que pensam que se tornarão carrascos da sociedade. Na maioria das vezes vão se encontrar na posição de vítimas.
Recorro ao livro Ação e Reação, de André Luiz (Espírito), pela psicografia do Legionário da Boa Vontade Francisco Cândido Xavier (1910-2002). Em dado momento, esclareceu o instrutor espiritual Druso, diretor da Mansão Paz — notável escola de reajuste, no Plano Invisível —, dirigindo-se a André Luiz e a Hilário, que estavam em aprendizado naquela Casa de Transição: “(...) Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de cativeiro, para a nossa vitória ou nossa perda. A ninguém devemos o nosso destino senão a nós próprios. (...) Se a sabedoria de nosso Pai Celeste não prescinde da justiça para evidenciar-se, essa mesma justiça não se revela sem amor”.
As Almas afastadas do Amor sucumbem na esterilidade, permanecem secas, quedam-se infrutíferas, até que concluam que somente o Amor Fraterno pode, em definitivo, alimentá-las, fortalecendo-as e transformando-as em potentes dínamos de vitórias extraordinárias.
Não inventemos, pois, obstáculos aos caminhos abertos por Deus para a nossa trajetória tanto aqui como na Pátria Espiritual. Nem sequer esbravejemos contra os Céus pelos infortúnios que nos impingimos. A Justiça Divina é a expressão do Amor Universal, que age para curar as feridas da Alma, por meio das necessárias correções de rumos dos nossos destinos.
O progresso bem conduzido, bafejado pela Espiritualidade Superior, é satisfação para os povos. E o Criador revela-se nos gestos mais simples. Como afirmava o filósofo e poeta grego Teócrito (320-250 a.C.): “Enquanto há vida, há Esperança”..
Ora, a nossa existência verdadeira é eterna, portanto… sempre haverá Esperança.
Temos de sair da tangência dos problemas, para adentrar no cerne das soluções. Daí a importância do Evangelho-Apocalipse de Jesus, visto ser ele o necessário pilar de toda a civilização moderna para derrotar seus enormes desafios.
Com a palavra, Pio XI
Bem oportuna esta exortação do papa Pio XI — Achille Ratti, (1857-1939) — na Encíclica Caritate Christin Compulsi: “A crença em Deus é o fundamento indestrutível de toda a ordem social e de toda a responsabilidade sobre a Terra (...)”.
É evidente que o ex-cardeal de Milão, Itália, se refere ao Deus reconhecido como Amor, na definição de Jesus, registrada por João Evangelista, em sua Primeira Epístola, 4:8 e 20: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é Amor. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”.
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* Livre-arbítrio relativo — Leia mais sobre o assunto no capítulo “Deus, livre-arbítrio relativo e responsabilidade”, da obra Os mortos não morrem (2018), de Paiva Netto.
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