O Amor é o Elo Achado

Fonte: Jornal de Brasília, edição de 29 de dezembro de 2009, terça-feira. | Atualizado em setembro de 2023.

O Amor é a suprema definição da Divindade. É o elo perdido que a criatura busca na imensidão do estudo científico, que, para mais rapidamente progredir no âmbito social, tem de irmanar-se à Fé sem fanatismos, a fim de encontrar esse elo. Há tanto tempo considero que a Ciência (cérebro, mente), iluminada pelo Amor (Religião, coração fraterno), eleva o ser humano à conquista da Verdade!

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E o que mais é o Amor?

O Amor é o grande campeão das mais difíceis batalhas. Supera todos os sofrimentos. É Deus. Logo, intensifica sua atitude confortadora quando o desassistido ou o ser amado precisa de socorro.

O Amor não pede para si mesmo.

O Amor oferece o auxílio que o desamparado suplica.

O Amor, com discrição, atende até ao apelo não abertamente expresso.

O Amor não deserta, pois ajuda sempre. Nunca traz destruição. Propicia a Paz.

O Amor não adoece. Ele se renova para recuperar o enfermo do corpo e/ou da Alma. Não promove a fome. Pelo contrário, fornece o alimento.

O Amor instrui e liberta, porquanto reeduca e espiritualiza.

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Rabindranath Tagore

O Amor não constrange, porque confia. Por esse motivo, poetizou Rabindranath Tagore (1861-1941), famoso bardo e filósofo hindu, amigo de Gandhi (1869-1948): “Ó Deus! O Teu Amor liberta, enquanto o amor humano aprisiona”. 

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Gandhi   

O Amor é tudo: o enlevo da existência, pois afasta o temor.

O Amor, quando verdadeiramente é ele mesmo, sempre triunfa, visto que não coage nunca. Enfim, o Amor governa, porque é Deus, mas igualmente Justiça.

O Amor é o Elo Achado*.

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* O Elo Achado — Aqui, o autor faz uma antítese ao “elo perdido”, expressão utilizada, em 1851, por Charles Lyell (1797-1875), mentor de Charles Darwin (1809-1882). Mais conhecido como “fóssil de transição”, em Paleontologia, diz respeito ao organismo que reúne características dos seus descendentes e antecessores evolutivos, preservadas no registro fóssil. Na investigação da história evolutiva dos seres humanos, procura-se o “fóssil de transição” entre o macaco e o homem. Alguns fósseis de hominídeos têm sido estudados, e o mais famoso é Lucy, um exemplar da espécie Australopithecus afarensis. A busca prossegue, e outros hominídeos já foram descobertos depois de Lucy. Contudo, ainda não se tem a certeza de que sejam o “elo perdido” dessa árvore filogenética, à qual pertencemos.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.