Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico
Por ocasião do Dia do Professor, 15 de outubro, trago algumas reflexões que apresentei ao corpo docente dos centros de ensino da Legião da Boa Vontade e que também foram divulgadas, em parte, no Correio Braziliense, da capital do Brasil, em fevereiro de 2000, e na Globalização do Amor Fraterno, mensagem da LBV especialmente dirigida aos participantes do High-Level Segment 2007, do Ecosoc (ONU), em Genebra, Suíça:
A escola é imprescindível, mas não substitui o lar. O Estado e a sociedade têm de, unidos, gerir soluções para que as famílias criem e eduquem dignamente os seus filhos, conforme publiquei na Folha de S.Paulo, Brasil, em 27 de julho de 1986.

Aluna do Instituto de Educação José de Paiva Netto, na capital paulista.
Ao entregar o Instituto de Educação da LBV à comunidade, resumi em poucas palavras sua filosofia de trabalho: Aqui se estuda. Formam-se cérebro e coração. Trata-se da Pedagogia de Deus, que é Amor, a qual capacita o indivíduo para viver a cidadania ecumênica, firmada no exercício pleno da solidariedade espiritual, humana e social. Na Pedagogia do Cidadão Ecumênico e na Pedagogia do Afeto, portanto, do Amor, do Carinho, o Espírito possui lugar preponderante na nossa lide. Entretanto, na preparação de jovens e adultos para a subsistência neste mundo material de tecnologia jamais vista — e, paradoxalmente, na atualidade, tão instável para os que labutam pelo futuro próprio —, devemos levar na mais alta consideração que os educandos têm de ser com eficiência qualificados para a exigente demanda do acirrado mercado de trabalho. E mais: de tal maneira que não persigam um caminho em que a profissão para a qual se aprontaram não mais exista ao fim do curso. É essencial, pois, receberem formação eficaz para que sejam arrojados, empreendedores, de modo que possam suplantar os fatos supervenientes que, a qualquer instante, desafiam a sociedade, assustando multidões. (...) De nada adiantarão, portanto — digamos para argumentar —, planejamentos audaciosos se não houver quem tenha sido devidamente instruído para desenvolvê-los. Por isso mesmo, cuida do Espírito, reforma o ser humano, e tudo se transformará!
Inteligências múltiplas

Suelí Periotto
A pedagoga Suelí Periotto, supervisora da Pedagogia da LBV, doutora e mestra em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), me informa que, durante entrevista para o programa Educação em Debate, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, o conceituado professor, escritor e conferencista Celso Antunes, ao ser indagado sobre nossas ações educacionais, comentou: “A Boa Vontade se incorporou às minhas amizades, há muito tempo. (...) Tenho plena consciência do trabalho realizado por sua Fundação. Já estive várias vezes com vocês. Tive a oportunidade de ler toda a obra de Paiva Netto, que chegou às minhas mãos e, portanto, creio — atribuam ou não a esse objetivo o nome de inteligências múltiplas —, ele se integra plenamente dentro deste conceito, porque efetivamente nunca me pareceu que tenha sido uma preocupação de vocês o desenvolvimento exponencial daquele aluno que seria o ‘geniozinho’, mas a formação integral da pessoa. E por acreditar plenamente nessas linhas educativas é que reitero que não falo à Legião da Boa Vontade apenas como quem dá uma entrevista, mas como pessoa que realmente se sente identificada com a sua filosofia e a linha do seu trabalho”.

Escritor Celso Antunes em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação
Grato, prof. Celso. Suas palavras servem de grande incentivo para expandirmos cada vez mais esta linha educacional, que une à instrução excelente a vivência dos mais nobres sentimentos que o ser humano possa expressar em comunidade.
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