“Vigiai e orai”
O ponto central para que jamais percamos a sintonia afinada com os Poderes Espirituais Superiores — que legitimamente governam a vida em nosso orbe — é a constante vigilância tendo em mãos a Potente Autoridade que nos foi conferida por aquele que é UM com o Pai Celestial. Disse Jesus: “Eu e o Pai somos UM” (Evangelho, segundo João, 10:30).
Perseveremos, pois, na oração e na vigilância, exortadas pelo Divino Salvador em Sua Boa Nova, segundo Marcos, 13:33; e Mateus, 26:41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O Espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.
Culto no Lar
Acerca da indispensável força da oração, André Luiz (Espírito), pela psicografia de Chico Xavier (1910-2002), em sua obra Os Mensageiros, narra episódio ímpar — testemunhado por ele, por Vicente e pelo instrutor Aniceto — ocorrido na residência da nobre viúva do Espírito Isidoro. Reunida com os cinco filhinhos, ela realiza o culto no lar. Reparem que fortaleza inexpugnável é formada por essa valente mulher, Isabel, ao cultivar, na Terra, a oração em família:
“Aquela residência de aspecto tão humilde, que alcançávamos [no Rio de Janeiro], agora, proporcionava-me cariciosa impressão de conforto. Estava lindamente iluminada por clarões espirituais, que recordavam precisamente nossa cidade [espiritual] tão distante. (...) Notando a nossa admiração, Aniceto indicou a casa pobre e falou:
“— Teremos aqui o nosso refúgio. É uma oficina que representa Nosso Lar”.
É que o grupo composto de André Luiz, Vicente e Aniceto, vindos de Nosso Lar — uma cidade do Mundo Invisível —, descera ao Plano Físico para importante tarefa de auxílio. Prossigamos com a narrativa do autor espiritual, logo após terminada a palestra “no santuário doméstico”. Aqui temos a nítida demonstração do Poder, da Autoridade do Governo de Jesus, a Política de Deus, que, um dia, empolgará o mundo:
“Terminado o culto familiar, um dos companheiros também rendeu graças.
“— Esperemos que esses celeiros de sentimentos se multipliquem — disse Aniceto, sensibilizado. O mundo pode fabricar novas indústrias, novos arranha-céus, erguer estátuas e cidades, mas, sem a bênção do lar, nunca haverá felicidade verdadeira.
“— Bem-aventurados os que cultivam a paz doméstica — exclamou uma senhora simpática, que estivera presente ao nosso lado, durante a reunião”.
(O destaque é meu.)
Enquanto a humilde família humana de Isidoro repartia parco alimento numa pequena saleta, em outro ambiente da casa, o grupamento espiritual os acompanhava na ceia (eles sempre estão presentes; jamais nos esqueçamos disso), conforme registra André Luiz:
“Dois cooperadores de Nosso Lar serviram-nos alimentação leve e simples, que não me cabe especificar aqui, por falta de termos analógicos.
“— Em oficinas como esta — explicou o instrutor amigo —, é possível preservar a pureza de nossas substâncias alimentícias. Os elementos mais baixos não encontram, neste santuário, o campo imprescindível à proliferação. Temos bastante luz para neutralizar qualquer manifestação da treva”.
(Os destaques são meus.)
Agora, muita atenção ao fato que se dará enquanto André Luiz, Vicente, Aniceto e outros servidores de Nosso Lar mantêm conversação edificante no jardim da modesta residência. Os moradores da casa já se haviam recolhido ao descanso. Passava das 23 horas. A brisa que antes soprava, inundando de bem-estar o ambiente, se transformava em repentina ventania, anunciando forte tempestade:
“(...) notei que formas sombrias, algumas monstruosas, se arrastavam na rua, à procura de abrigo conveniente. Reparei, com espanto, que muitas tomavam a nossa direção, para, depois de alguns passos, recuarem amedrontadas. Provocavam assombro. Muitas pareciam verdadeiros animais perambulando na via pública. Confesso que insopitável receio me invadira o coração.
“Calmo, como sempre, Aniceto nos tranquilizou:
“— Não temam — disse. Sempre que ameaça tempestade, os seres vagabundos da sombra se movimentam procurando asilo. São os ignorantes que vagueiam nas ruas, escravizados às sensações mais fortes dos sentidos físicos. Encontram-se ainda colados às expressões mais baixas da experiência terrestre e os aguaceiros os incomodam tanto quanto ao homem comum, distante do lar. Buscam, de preferência, as casas de diversão noturna, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isto não se lhes torna acessível, penetram as residências abertas, considerando que, para eles, a matéria do plano ainda apresenta a mesma densidade característica”.
(Os destaques são meus.)
O orientador Aniceto traz ainda a marcante instrução acerca da energia protetora que se forma ao redor dos lares que cultivam, com Fé Realizante, o hábito da oração em família:
“Observem como [esses espíritos malfeitores] se inclinam para cá, fugindo, em seguida, espantados e inquietos. Estamos colhendo mais um ensinamento sobre os efeitos da prece. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm à distância, procurando outros rumos...
(Os destaques são meus.)
Jamais desprezemos essa lição celeste a respeito do valor da prece, a nós trazida pelos Emissários Divinos. No Getsêmani, o Sublime Pedagogo legou-nos o Seu próprio exemplo de força: “E estando [Jesus] em agonia, orava mais intensamente” (Evangelho, segundo Lucas, 22:44).
Por esse motivo, na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, incentivamos a formação das Igrejas Familiares. Os Cristãos do Novo Mandamento, Amigos de Jesus, realizam a Cruzada no Lar* em prol da união das famílias, tendo por referência o estudo e a vivência do Evangelho-Apocalipse do Divino Mestre. Nas reuniões da Religião do Terceiro Milênio, a Quarta Revelação, o Irmão Flexa Dourada (Espírito), por intermédio do sensitivo Cristão do Novo Mandamento Chico Periotto, no dia 29 de setembro de 2018, fraternalmente recomendou:
“Sempre que sentirem necessidade no coração, abram a Bíblia Sagrada. Peguem qualquer trecho e leiam em voz alta. Os Espíritos do Bem que estão à volta vão lhes dar muitos passes, muitos fluidos, vão estimulá-los. Irão aumentar a Corrente da Boa Vontade! Os Apóstolos de Jesus, os Missionários, aqueles que são encaminhados para fazer tarefa grande precisam estar sempre, sempre, com a Bíblia Sagrada por perto, se socorrerem nela, abrirem o Evangelho. Simplesmente quando abrem o Evangelho, vocês já espantam a treva, vocês já tiram do ambiente qualquer mal-intencionado que esteja tentando entrar. E, às vezes, vem por outras pessoas cercadas de espíritos atrasados, que acabaram atraindo. E a simples abertura do Evangelho de Jesus e uma leitura dele, de qualquer parte do Evangelho, é como se jogássemos uma água para poder espantar aqueles que não querem tomar banho”.
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* Cruzada do Novo Mandamento de Jesus no Lar — Veiculada, toda segunda-feira, na Super Rede Boa Vontade de Rádio (veja a relação de emissoras no portal boavontade.com ou baixe o aplicativo Boa Vontade Play), a Cruzada do Novo Mandamento de Jesus no Lar é transmitida diretamente da Igreja Familiar no 1 da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, sob a responsabilidade do casal Paiva Netto, e estendida a todas as Igrejas Familiares da Religião do Amor Universal. Para se inteirar mais sobre esse importante trabalho da Religião Divina, leia o primeiro volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1987).
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