Erigir um Império de Boa Vontade
Espiritualmente comprometido em multiplicar o Ideal da Boa Vontade, proclamado pelo saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979) em 4 de março de 1949, na Rádio Globo do Rio de Janeiro, no famoso programa radiofônico Hora da Boa Vontade, que dava início ao trabalho fraterno e ecumênico da Legião da Boa Vontade, Paiva Netto, há mais de 65 anos promove por meio de suas pregações, palestras e escritos uma Cultura de Paz com Espiritualidade Ecumênica .Por isso, convidamos você à leitura de mais um artigo que nos motiva à dedicação desse fundamental tema para a sobrevivência dos povos. Boa leitura!
Os editores
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A Caridade, na sua expressão mais profunda, deveria ser um dos principais estatutos da Política, porque não se restringe ao simples e louvável ato de dar um pão. É o sentimento que — iluminando a Alma do governante, do parlamentar e do magistrado — conduzirá o povo ao regime em que a Solidariedade é a base da Economia, entendida no seu mais amplo significado. Isso exige uma reestruturação da Cultura, por intermédio da Espiritualidade Ecumênica e da Pedagogia do Afeto, no meio popular e como disciplina acadêmica. Contudo, no campo intelectual, que o seja sem qualquer tipo de preconceito que reduza, em determinadas ocasiões, a perspectiva de grandes pensadores analíticos, pelo fato de alguns deles se submeterem a certos dogmatismos ideológicos e científicos, o que é inconcebível partindo de mentes, no supino, lucubradoras. Até porque a Ciência é pródiga em conquistas para o bem comum. Mas também, no seio dela, houve os que muito sofreram incompreensão, por causa do convencionalismo castrador, mesmo de certos pares que apressadamente os prejulgavam. Vítimas deles foram Sócrates, Bias, Baruch Spinoza, Dante Alighieri, Galileu Galilei, Semmelweis, William Harvey, Samuel Hahnemann, Maria Montessori, Luísa Mahin, Dr. Barry J. Marshall, Dr. J. Robin Warren e outros nomes célebres, universalmente acatados.
Em suma, a Caridade, sinônimo de Amor, é uma Ciência especial, a vanguarda de um mundo em que o ser humano será tratado como merece: de forma digna, portanto, civilizada. De acordo com o que escrevi em Globalização do Amor Fraterno*, estaríamos, assim, erigindo um Império de Boa Vontade neste planeta, o estado excelente para o Capital de Deus, o Espírito Eterno do ser humano, o que verdadeiramente somos em essência —, que circula por todos os cantos e não mais pode aceitar especulação criminosa de si mesmo. (...)
Esta ponderação da educadora e escritora brasileira Cinira Riedel de Figueiredo (1893-1987) vem ao encontro do que anteriormente abordamos: “De cada homem e cada mulher depende o aprimoramento de tudo quanto nasce, cresce, vive e se transforma sobre a Terra, porque, de fato, nada morre. Existe uma contínua transmutação, e devemos ser os guias para que essa transformação se faça uma ascensão constante, tornando-se cada vez mais bela e mais perfeita para representar melhor a vida que a anima”.
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* Globalização do Amor Fraterno — Publicação traduzida para diversos idiomas, especialmente dirigida por Paiva Netto, em 2007, em Genebra, Suíça, aos participantes da Reunião de Alto Nível (High-Level Segment) do Conselho Econômico e Social (Ecosoc), órgão das Nações Unidas, no qual a LBV possui status consultivo geral desde 1999.
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