Primeiro coral brasileiro na ONU
Cem vozes patrícias cantam em Nova York contra a violência
O Coral Ecumênico LBV apresentou-se na ONU, em abril de 2000. Atendeu ao convite do Preminder Bawa N. Jain, Diretor Internacional do Centro Inter-religioso de Nova York, entidade que presta serviços às Nações Unidas e organiza a “Estação para a Não-Violência”. Realizado anualmente, o evento homenageia o Mahatma Gandhi (1869-1948) e Martin Luther King (1929-1968), que foi assassinado em Memphis, no Tennessee, em 4 de abril de 1968. Sua finalidade é prestigiar ações em prol da Paz na sociedade internacional.
Bawa Jain esteve, no fim de 1999, em Brasília/DF para participar das celebrações dos 50 anos da LBV. Um réveillon que reuniu, conforme informação da Polícia Militar, mais de 200 mil pessoas no Templo da Boa Vontade, na passagem para o ano 2000. Ele foi portador de uma homenagem à Legião da Boa Vontade, em nome do Secretário-Geral da ONU, Dr. Kofi Annan (1938-2018): o troféu comemorativo do cinqüentenário das Nações Unidas. Trata-se de uma distinção idealizada, em 1995, pelo, na época, titular da Secretaria Geral da ONU, Dr. Boutros-Boutros Ghali, para destacar aqueles que lutam pelo Bem da Humanidade. Sensibilizado com as realizações da instituição brasileira, o Dr. Bawa Jain, além de nos convidar para ser palestrante no encontro que promove nos EUA, decidiu incluir o Coral da LBV na programação cultural da solenidade.
O Coro, com cerca de 100 vozes, foi a atração especial do encerramento da “Estação para a Não-Violência”, na tarde de 5 de abril, no Trusteeship Council da ONU. Estiveram presentes por volta de 2.000 pessoas, entre estudantes nova-iorquinos, membros das missões de diversos países, líderes espirituais e autoridades das Nações Unidas. A LBV foi representada pelo Legionário Pedro Paulote de Paiva. Aproveitando a estada em Nova York, o grupo cantou ainda em vários outros locais na cidade, a exemplo da Catedral Saint John The Divine, o maior templo gótico do mundo.
Em carta a nós dirigida, anteriormente, Bawa Jain ressaltou: “Deus o abençoe pelo trabalho magnificente que a Legião da Boa Vontade está fazendo e pelos serviços prestados à Humanidade. Minha família e eu somos gratos pela simpática e calorosa hospitalidade enquanto estivemos em Brasília. Estou realmente comovido pela sinceridade e pela dedicação dos membros dessa benemérita Organização. Quero agradecer-lhe o prazer que será para nós a presença do Coral da LBV e também de seu filho, Pedro, que estará à frente do grupo. (...) Esta será a primeira vez que um coral brasileiro cantará nas Nações Unidas. (...) O Embaixador do Brasil para a ONU, Dr. Gelson Fonseca, será um dos oradores. Também o Cônsul-Geral do Brasil em Nova York, Dr. Flávio Miragaia Perri, fará parte da mesa. (...)”.
Nos Estados Unidos, a LBV — que possui status consultivo geral no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) — está localizada no seguinte endereço: 20 Calumet Street, 1 st floor, Newark, New Jersey/NJ. Tel.: (00xx1973) 344-5338 383.
Aniversário de Chico Xavier
No dia 2 de abril, Francisco Cândido Xavier completou 90 anos. Penso como o Dr. Pedro Bloch sobre o respeitado sensitivo de Uberaba. Na revista BOA VONTADE, de outubro de 1956, escreveu o veterano cronista da Manchete: "A Humanidade, para encontrar o caminho da salvação, precisaria de alguns milhões de Chico Xavier, mesmo que eles não psicografassem mensagem alguma. Porque Chico Xavier, ele próprio, já é uma mensagem. E essa, ninguém pode, ninguém tem o direito de discutir".
Tenho grande simpatia pelo autor do famoso monólogo As Mãos de Eurídice, tão bem interpretado pelo saudoso Rodolfo Mayer (1910-1985). Há vários anos, o generoso médico e notável teatrólogo teve a gentileza de me receber no seu apartamento, para cuidar da minha garganta, naquele tempo em frangalhos. Ensinou-me a usá-la corretamente. Até hoje não me esqueço também do delicioso pudim feito por sua querida esposa, Dona Miriam. Grato aos dois.
Cony na Academia
Felicito o prezado colega jornalista e escritor Carlos Heitor Cony*1, agora membro da prestigiada Academia Brasileira de Letras. Ele passou a ocupar a cadeira número 3, que ficou vaga após o falecimento do escritor Herberto Sales (1917-1999). Num País em que poucos, hoje, se indignam, não é Chagas?*2, ele é um desses poucos. E tem um grande coração, como o atesta Murilo Melo Filho, nosso amigo comum.
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*1 Carlos Heitor Cony (1926-2008)
*2 Carlos Chagas — Jornalista, um dos mais destacados analistas políticos do País.
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