Bem-vindo, Ano Novo da Renovação Espiritual!

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do artigo Mãe Canô, saudade! publicado no “Jornal de Brasília”, edição de 1º de janeiro de 2013, terça-feira. | Atualizada em dezembro de 2025.

A ocasião da passagem do Ano-Novo não é a mesma para todas as comunidades. Há diferentes datas, cada uma com as suas respeitáveis tradições. Um ponto em comum, contudo, se faz presente: o saudável espírito de renovação em busca de períodos mais felizes.

Artsy Solomon/ Nappy

Na Antologia da Boa Vontade (1955), fui buscar, de uma página espiritual de Júlio Diniz  (1839-1871), “Ano-Novo! Ano-Bom!”, breve trecho que defende o gosto humano de estabelecer esses regulares tempos de recomeço: "Se a própria natureza escolhe uma hora propícia a cada ato, sem a qual a planta não floresce, a chuva não cai, o sol não se mostra, a criatura não nasce, a ave não canta, a luz não dissipa a treva, a virgem não ama, a flor não desabrocha, o fruto não amadurece e até o progresso não chega; por que se há de querer impedir a sociedade de convencionar paragens na sua marcha extenuante, para que os seus caminheiros desejem, entre si, bons dias e bons anos, numa doce aspiração de fraternidade; ou para recordar os companheiros queridos que foram ficando pela aspereza do caminho?"

Primeiro de janeiro, que marca o início do ano no Ocidente, é também o Dia da Confraternização Universal e da Paz. A data, reconhecida pelas Nações Unidas desde 1981, é um convite especial à humanidade para que se entenda.  Os nossos votos são de que ela conscientemente aceite. Assim, vai promovendo a abertura de um ciclo de verdadeira convivência fraterna entre as criaturas. Aliás, a nossa querida Legião da Boa Vontade completa neste mesmo dia, agora em 2025, seus 75 anos de profícua existência.

Em Jesus, o Profeta Divino (2011), escrevi que apesar da gravidade comum a todas as épocas de profunda transformação, sempre surge um mundo novo, trazendo outras perspectivas para a vida dos povos. Há, todavia, este ponto a ser reiterado nos dias que vivemos: não nos é permitido esquecer que Jesus, o Vidente Divino, se refere a uma Grande Tribulação, jamais vista pelos olhos terrestres.

Dificilmente teremos, por ora, o fim do planeta como muitos e muitos costumam acreditar. Entretanto, poderemos assistir, na condição de encarnados ou desencarnados, ao termo de uma era cheia de cobiça, ódios e preconceitos. Então, após tudo isso, custe o tempo e as dores que custarem, realmente virá um novo Céu e uma nova Terra (Apocalipse, 21:1), anúncio comprovante de que a existência humana continuará.

Tela: Sátyro Marques (1935-2019)

Título da obra: O novo céu e a nova terra — A nova Jerusalém.

Portanto, seja bem-vindo, 2025! E que venha com muita luz! muita luz! muita luz! E jamais nos esqueçamos: Ano-Novo! Ano Bom?! Depende de nós, de nossa incansável Fé Realizante

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.