Queda das fronteiras e caminhos tortos
Assiste-se, hoje mais do que nunca, a quedas de fronteiras de todos os tipos. Realmente, isso é um fato inarredável como ocorreu com a Primeira (a do carvão) e a Segunda (a da eletricidade) Eras Industriais, que, afinal, trouxeram grandes benefícios. A questão é valermo-nos desse fenômeno social, a fim de conquistar os melhores proveitos para o povo, e não contra o povo. Costumo dizer que vivemos a época do integra ou desintegra. Já que os religiosos demoram a realizar, como é do seu dever, a integração sublimada pelo Amor, os negociantes o vão fazendo, o que é parte também de um determinismo econômico, mesmo que aos trancos e barrancos. O comércio possui a sua destacada função social. Falta-lhe, porém, o alto sentido do espírito de Caridade tão exaltado pelo Apóstolo Paulo, em sua imorredoura Carta dirigida aos Coríntios, sintetizado neste versículo: “Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e a Caridade; destas três, porém a maior é a Caridade” (Primeira Epístola aos Coríntios, 13:13).
Ou o ser humano aprende a linguagem do coração e faz dela poderoso instrumento de reforma humana, social e política, ou os efeitos da globalização irão se voltar até contra os que dela têm tirado proveito. Se as fronteiras do mundo estão desabando, até agora em maior prejuízo dos pobres, chegará o momento em que ninguém ficará a salvo em “torres de marfim” do avanço dos desprotegidos da Terra. (...)
Em meu ensaio O Capital de Deus, pondero, acerca do tema, que — para superar esse estado de coisas, quebrar essa estrutura alienada de progresso de destruição — é preciso que todos se unam, religiosos e ateus, para o encontro das soluções que se mostram urgentes. Daí pregarmos, na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo — a Quarta Revelação —, o Ecumenismo dos Corações, do respeito mútuo, a partir do qual desponta campo fértil para o entendimento. Afirmo há tantos anos e publiquei em Reflexões da Alma (2003): O coração torna-se mais propenso a ouvir quando o Amor é o fundamento do diálogo.
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