Ir além da capacidade
Há décadas pondero sobre o fato de que existem pessoas que rebaixam as grandes ideias às contingências de suas capacidades de entendimento restrito. E aí reside a decadência de muitas aspirações elevadas, ou o retardamento doloroso de seu triunfo. A conhecida expressão “Natura non facit saltus”* (a Natureza não dá saltos), de Leibniz (1646-1716), continua válida. Pelo mesmo raciocínio, podemos concluir: humanitas non facit saltum (a humanidade não dá salto). O que não significa que não se avance, com firmeza, em direção ao Bem, apressando a passagem do tempo (Segunda Epístola de Pedro, 3:12), pois todas as vitórias estão decididamente ao nosso alcance pela força do nosso próprio e valoroso trabalho.
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* Natura non facit saltus — O pensamento de Leibniz também é encontrado da seguinte forma: Natura non facit saltum. A variação de ortografia (saltus e saltum) exibe uma mera diferença numeral, porque, em latim, o substantivo saltus — que significa “salto” — pertence à quarta declinação. Assim, seu singular acusativo é saltum (salto), enquanto seu plural é saltus (saltos).
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