Estrela Cintilante do Espírito Materno

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “A Esperança não morre nunca”, de abril de 2020. | Atualizada em maio de 2022.

“E disse o Anjo a Maria Santíssima: Eu te saúdo, ó cheia de graça! O Senhor é contigo. Bendita és tu entre as mulheres. [E Isabel reitera] Bendito é o fruto do teu ventre [Jesus]!”

(Evangelho, segundo Lucas, 1:28 e 42)

A maternidade é um sol que não se apaga. Por isso, rogo a Maria Santíssima, a Divina Mãe de Jesus, Estrela Cintilante do Espírito Materno, que leve aos corações humanos o sublime conforto de sua Alma caridosa. É o acolhimento universal que faz brilhar o elevado conceito de família que nos deve reger.

Tela: Bartolomé Esteban Perez Murillo (1617-1720)

Detalhe da obra: A Anunciação.

Ao seu Amantíssimo Coração, Mãe de todas as mães infortunadas, transcrevo este cântico em forma de poesia, da lavra do inesquecível vate português Antero de Quental (1842-1891), na psicografia de Chico Xavier (1910-2002). Quantas vezes o saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979), na Prece da Ave, Maria!, o declamou com eloquente emoção! E mantemos esta joia no ar, pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e internet), ao longo de todas essas décadas, para o refrigério das Almas:

Rainha do Céu

Excelsa e sereníssima Senhora,

Que sois toda Bondade e Complacência,

Que espalhais os eflúvios da Clemência,

Em caminhos liriais feitos de aurora!...

 

Amparai o que anseia, luta e chora,

No labirinto amargo da existência.

Sede a nossa divina providência

E a nossa proteção de cada hora.

 

Oh! Anjo Tutelar da Humanidade.

Que espargis alegria e claridade

Sobre o mundo de trevas e gemidos;

 

Vosso amor, que enche os céus ilimitados,

É a luz dos tristes e dos desterrados,

Esperança dos pobres desvalidos!...

Coração de mãe não foge da Dor do Filho

Nunca faltarão palavras para homenagear Maria Santíssima, Mãe de Jesus, Mãe Universal da Cristandade, Mãe Cósmica da Humanidade, por toda a abnegação de seu Espírito, desde o anúncio celestial feito pelo Anjo Gabriel, quando a serva de Deus soube que seu ventre seria abrigo de luz para o Salvador dos Povos (Evangelho, segundo Lucas, 1:26 a 38). Por acreditar tanto em Seu Poder e Sua Autoridade, ela O incentivou a realizar o primeiro milagre, nas bodas de Caná (Boa Nova, consoante João, 2:1 a 11). Viu os feitos divinais do Mestre Jesus crescerem, e, boa mãe que era, orgulhosa das maravilhas que testemunhava, “guardava todas estas coisas no seu coração” Jesus (Lucas, 2:51).

E, no momento crucial do Sublime Ministério Crístico, corajosamente suportou, ao lado de seu Amado Filho, o indescritível martírio que Ele sofreu.

A Coragem Feminina

Mulher! Sinônimo de fortaleza, destemor e compaixão... Certamente por isso Jesus contou com o extraordinário apoio de incontáveis heroínas, a exemplo de Maria, chamada Madalena, Joana de Cusa, Suzana, Marta e Maria, irmãs de Lázaro — a quem o Sublime Amigo ressuscitou —, além de tantas outras que o Evangelho não registra, mas o Espírito de Deus imortaliza. No momento da crucificação, todas corajosamente acompanhavam Maria Santíssima, enquanto os homens, exceto João Evangelista, assustados, se escondiam. Depois, vieram a redimir-se. Aliás, na hora trágica no Gólgota, elas é que permaneceram ao lado do Divino Ressuscitado: “E diante da cruz estavam a Mãe de Jesus, a irmã dela e também Maria Madalena, e Maria, mulher de Clopas” (Evangelho de Jesus, segundo João, 19:25).

Assim sendo, na Volta Triunfal do Taumaturgo Celeste ao planeta Terra — conforme está anunciado no Seu Santo Evangelho e no Seu Apocalipse Redentor, já que Ele vem dar “a cada um de acordo com as suas obras” (Boa Nova, consoante Mateus, 16:27 e Apocalipse, 22:12) —, aquelas mulheres terão a glória de estar à frente da equipe de recepção. Elas e todos os que são capazes, pela força do Amor Fraterno, de transpor os perigos e não desonrar o seu Mestre, pois assegurou Jesus: “Todo aquele que me testemunhar diante dos homens, Eu o testemunharei diante do Pai, que está nos Céus; mas aquele que me negar perante os homens, também Eu o negarei diante do Pai, que está nos Céus” Jesus (Mateus, 10:32 e 33).

Gosto muito deste significativo provérbio judaico sobre as mães: “Deus, não podendo estar em todos os lugares, fez as mães”.

Jesus e as Mães

Para finalizar, dedico aos que me honram com sua leitura a prece Jesus e as Mães, que fiz em homenagem às que habitam o Céu e a Terra:

Ó Jesus!

Tu, que és o Refúgio Seguro dos aflitos,

Escuta a voz das Mães

Que ao Teu Carinho elevam

O clamor de suas súplicas.

 

Aplaca, Senhor, as suas dores,

Pois cada uma delas,

Ó Divino Amigo,

Reconhece em Teu Coração

O seu bom destino;

Na Tua Santa Vontade, a força

Que não lhes permite sucumbir;

E na Tua Sabedoria contemplam,

As Mães da Terra e do Céu,

A educação que anseiam para os filhos.

Em Ti, Jesus, elas, quando sofrem,

Têm a certeza do alento,

Que, em geral, o mundo não lhes pode oferecer,

Porque ainda pouco tem para lhes dar.

 

Ouve, Filho Celeste de Maria Santíssima,

O apelo dos corações maternos,

Porque Tu, Jesus, és a Esperança que nunca morre.

Melhor que isso: a Convicção que não as deixa esmorecer.

 

E que assim, em Ti,

Eternamente seja,

Ó Divino Provedor de nossas vidas!

Amém!

Ampare, ó Mãe Adorada, os povos da Terra, guiando-os na direção da Paz de Deus!

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.