Presença Luminosa
Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, edição de 9 e 10 de fevereiro de 2008, sábado e domingo.
Existe um Libertador cuja influência transcende limites ou datas humanas. Sua atuação é constante. Enquanto houver fome, desemprego, falta de teto, menores sem escola e carinho, idosos sem amparo e afeto, gente sem quem a conforte, há uma inadiável emancipação de todas as etnias ainda por fazer.
Consigna a História personagens notáveis, que dignificaram a existência terrestre (...). Entretanto, ao inexorável passar do tempo, da lembrança dos povos vai esmaecendo a fama das realizações de muitos deles, somente restando os seus nomes e uma pálida recordação dos seus feitos.
Um dos vultos históricos de todos os tempos e de todas as nações gloriosamente resiste. Cada vez mais fulgura a presença luminosa. Sua marca indelével firma-se na memória dos homens: “Passará o Céu, passará a Terra, mas as minhas palavras não passarão” (Lucas, 21:33).
Sua vida — infância, juventude, pregação da Boa Nova, padecimentos, morte, ressurreição — não encontra paralelo na Terra: “Vós sois de baixo, Eu sou de cima; vós sois deste mundo, Eu não sou” (João, 8:23).
Depois Dele, a vivência do Ser Humano nunca mais foi a mesma: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. Aquele que vive e em mim acredita não padecerá eternamente” (João, 11:25 e 26).
Sacudiu as almas e convocou para Belém a diligência dos poderosos. A Seu respeito profetizou Simeão: “Eis que este Menino está destinado para a ruína e erguimento de muitos, e para alvo de contradições” (Lucas, 2:34).
Desde a infância, manifestou o Seu elevado saber: aos 12 anos já pregava aos doutores da lei, revelando o Seu Divino conhecimento. Falava-lhes com avançada sabedoria. Deixava-os atônitos e em demorada reflexão, tamanha a sublimidade das lições que as Suas réplicas encerravam: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê Naquele que me enviou, já passou da morte para a Vida Eterna” (João, 5:24).
Esse extraordinário Ser que nasceu sob a expectativa dos milênios, para O qual os Anjos da Milícia Celeste entoaram o “Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens da Boa Vontade de Deus” (Lucas, 2:14);
— que sacudiu os alicerces da sociedade: “Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mateus, 24:2);
— que admoestou os desatentos: “Assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, será a Volta do Filho de Deus” (Mateus, 24:27);
— que advertiu os ociosos: “O Cristo voltará na resplandecência divina, com os Seus Anjos, e então retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Mateus, 16:27);
— que fez estremecer os soberbos e desfrutáveis: “Ai de vós, porque, se hoje rides, amanhã lamentareis e chorareis” (Lucas, 6:25);
— que enfrentou os pretensiosos e arrogantes do mundo: “Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão primeiro que vós no Reino de Deus” (Mateus, 21:31);
— mas que convocou à responsabilidade os gozadores infrenes: “Assim como foi na época de Noé, será a Vinda do Filho de Deus. (...) Nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até que ele entrou na arca, e não o perceberam, a não ser quando veio a inundação, e os levou a todos. Da mesma forma, ocorrerá a Volta do Filho de Deus. Ficai, por conseqüência, atentos! Vigiai e orai, porque não sabeis quando será o dia e a hora” (Mateus, 24:37 a 44 e Marcos, 13:32 e 33);
— que instruiu os sábios e entendidos do mundo: “O meu ensino não me pertence, e sim Àquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se Eu falo por mim mesmo. Quem fala por si mesmo está procurando a sua própria grandeza; mas o que busca a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro e nele não há injustiça” (João, 7:16 a 18);
— que ensinou aos Apóstolos e Discípulos aquilo que constitui o grande anseio dos filósofos, e que não pôde revelar a Pilatos, pois este não o entenderia: “Santifica-os, Pai, na Verdade, a Tua Palavra é a Verdade” (João, 17:17);
— que confortou os desesperados: “Vinde a mim todos vós que estais exaustos e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (Mateus, 11:28);
— que mostrou o caminho da verdadeira libertação: “Conhecereis a Verdade (de Deus), e a Verdade (de Deus) vos libertará” (João, 8:32);
— que se eternizou na História, porque fez morada nos corações oprimidos pela ameaçadora paz dos homens, os quais, por isso, anseiam por aquela que provém de Deus; portanto, a que o mundo não tem para lhes oferecer (João, 14:27);
— que disse ainda, em memória do Profeta Oséias (6:6): “Misericórdia quero, não holocausto” (Mateus, 9:13); pois sem misericórdia não há Paz;
— e que doou a Sua vida por nós, indistintamente, pois Ele próprio aconselhou: “Se fizerdes bem apenas àqueles que vos beneficiam, que divina recompensa havereis de merecer?”
Quereis saber o Seu nome? Jesus, o Cristo Ecumênico, ipso facto, sem resquícios de intolerância, porquanto Ele, para a redenção nossa, é Amor elevado à enésima potência, “a Claridade perene, que, vinda ao mundo, ilumina todo Homem” (João, 1:9).
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