Sacrificial Jornada de Jesus

Fonte: Trecho da edição 181 da revista JESUS ESTÁ CHEGANDO! (março de 2024).

Disse então Maria: “Minha Alma glorifica o Senhor e meu Espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas — Santo é o Seu nome. A Sua Misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem” (...).

(Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 1:46 a 50)

Em seu canto de louvor, Maria Santíssima, a Rainha do Céu reconhecia a Grandeza de Deus e a Misericórdia que se derramava sobre todos os povos. Sua alegria, porém, era mesclada com a compreensão dos desafios que se avizinhavam da Excelsa Missão de seu Amado Filho.

Em seu íntimo, ela ponderava e registrava em seu sagrado coração cada palavra e acontecimento da sacrificial jornada de Jesus. Buscando discernir o Plano Divino que se desenrolava diante de seus olhos atentos e compassivos, seu Espírito se preparava para as provações que a aguardavam.

Ao longo do Profícuo Apostolado de Jesus, Maria acompanhou de perto Seus Ensinamentos e Milagres, testemunhando a aurora do Reino de Deus na Terra. Sua presença constante era um farol de Fé, Amor e Decisão no Bem, desafiando as normas sociais e inspirando a todos que a cercavam.

Serena em sua dor diante do martírio de seu Fruto Bendito, permaneceu firme ao pé da cruz. A espada da Profecia de Simeão*1 havia transpassado sua Alma, todavia sua Fé permanecia inabalável. “Eis aqui a serva do Senhor” (Lucas, 1:38) são palavras que certamente ressoavam em seu coração, enquanto seus olhos se fixavam no terno rosto de Jesus, naqueles tristes dias que mudariam o curso da História.

Escultura: Michelangelo

Título da obra: Pietá.

No momento de suprema angústia, do álgido do sofrimento que um coração materno poderia enfrentar, ela se tornava um símbolo de Esperança para toda a humanidade. Sua impávida firmeza de caráter demonstrava que, mesmo em meio à escuridão da morte, a luz da Fé jamais se apaga. E a crença inalterável na Salvífica Obra do Salvador do mundo foi o que a impediu de sucumbir à dor. Ela sabia que aquilo não representava o fim, porém marcava a passagem para uma nova etapa no planeta. Afinal, os mortos não morrem!, define o confortador brado do Templo da Boa Vontade — a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, a Pirâmide das Almas Benditas. E sua crença foi recompensada com a Ressurreição de Jesus, a vitória definitiva Dele sobre o último inimigo a ser vencido.

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*1 Profecia de Simeão — A referência à espada que traspassaria o coração da Excelsa Mãe do Cristo encontra-se no  Evangelho, consoante Lucas, 2:34 e 35: [Ao tomar Jesus em suas mãos], Simeão abençoou os pais e disse a Maria, Sua mãe: ‘Eis que este menino está destinado para a ruína e para a elevação de muitos, e para ser alvo de contradição; e uma espada traspassará a tua Alma também, a fim de se descobrirem os pensamentos de muitos corações’”.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.