Sacrificial Jornada de Jesus
Disse então Maria: “Minha Alma glorifica o Senhor e meu Espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas — Santo é o Seu nome. A Sua Misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem” (...).
(Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 1:46 a 50)
Em seu canto de louvor, Maria Santíssima, a Rainha do Céu reconhecia a Grandeza de Deus e a Misericórdia que se derramava sobre todos os povos. Sua alegria, porém, era mesclada com a compreensão dos desafios que se avizinhavam da Excelsa Missão de seu Amado Filho.
Em seu íntimo, ela ponderava e registrava em seu sagrado coração cada palavra e acontecimento da sacrificial jornada de Jesus. Buscando discernir o Plano Divino que se desenrolava diante de seus olhos atentos e compassivos, seu Espírito se preparava para as provações que a aguardavam.
Ao longo do Profícuo Apostolado de Jesus, Maria acompanhou de perto Seus Ensinamentos e Milagres, testemunhando a aurora do Reino de Deus na Terra. Sua presença constante era um farol de Fé, Amor e Decisão no Bem, desafiando as normas sociais e inspirando a todos que a cercavam.
Serena em sua dor diante do martírio de seu Fruto Bendito, permaneceu firme ao pé da cruz. A espada da Profecia de Simeão*1 havia transpassado sua Alma, todavia sua Fé permanecia inabalável. “Eis aqui a serva do Senhor” (Lucas, 1:38) são palavras que certamente ressoavam em seu coração, enquanto seus olhos se fixavam no terno rosto de Jesus, naqueles tristes dias que mudariam o curso da História.
No momento de suprema angústia, do álgido do sofrimento que um coração materno poderia enfrentar, ela se tornava um símbolo de Esperança para toda a humanidade. Sua impávida firmeza de caráter demonstrava que, mesmo em meio à escuridão da morte, a luz da Fé jamais se apaga. E a crença inalterável na Salvífica Obra do Salvador do mundo foi o que a impediu de sucumbir à dor. Ela sabia que aquilo não representava o fim, porém marcava a passagem para uma nova etapa no planeta. Afinal, os mortos não morrem!, define o confortador brado do Templo da Boa Vontade — a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, a Pirâmide das Almas Benditas. E sua crença foi recompensada com a Ressurreição de Jesus, a vitória definitiva Dele sobre o último inimigo a ser vencido.
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*1 Profecia de Simeão — A referência à espada que traspassaria o coração da Excelsa Mãe do Cristo encontra-se no Evangelho, consoante Lucas, 2:34 e 35: “[Ao tomar Jesus em suas mãos], Simeão abençoou os pais e disse a Maria, Sua mãe: ‘Eis que este menino está destinado para a ruína e para a elevação de muitos, e para ser alvo de contradição; e uma espada traspassará a tua Alma também, a fim de se descobrirem os pensamentos de muitos corações’”.
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