Jesus — Exemplo Maior de pai zeloso

Edição 186 da revista JESUS ESTÁ CHEGANDO! (agosto de 2024).

Agosto, mês dos pais, nos convida a re­fletir sobre a imensa responsabilidade que Deus confiou àqueles que são ge­nitores de filhos biológicos, adotivos, do cora­ção e/ou de Boas Obras. Como mencionei há décadas, se não houver dedicação e renúncia de nós mesmos, jamais poderemos oferecer bons exemplos verdadeiros. E que tal buscá­-los Naquele que devotou a Sua própria vida por Amor a todos nós?!

Depositphotos - Claude II Audran (1639-1684)

Título da obra: A multiplicação de pães.

Sim, refiro-me a Jesus, o Provedor Celeste, Pilar de Esperança, certeza que não frustra os nossos mais puros anseios de renovação espi­ritual, garantia de dias melhores, mais genero­sos, em que a Paz, o Amor e a Justiça alavancam a Sociedade Solidária Altruística Ecumênica.

Consoante escrevi na abertura do Livro de Deus (1982), a Doutrina do Novo Man­damento do Cristo “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho de Jesus, segun­do João, 13:34 e 35) — fraternalmente convi­da a humanidade a conquistar para a Terra a harmonia que brilha no Cosmos. Somente é necessário um pouco de modéstia perante a Lei de Deus, para que todos vivamos identifi­cados com o Perfeito Mecanismo.

Jesus, o Bom Pastor!

Para isso, fui buscar — como homenagem a todos os Pais de Boa Vontade — trechos de meu livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2018), particularmen­te no capítulo “Jesus, o Bom Pastor”. Ao seguir os passos Dele, seremos sempre meticulosos no cuidado com nossos filhos e de nossas fa­mílias. Afinal, Jesus é o Divino Modelo de pai zeloso, que nos ensina a amar, proteger e guiar com Bondade, Compaixão e Sabedoria o desti­no daqueles que nos são confiados:

Minhas Irmãs e meus Amigos, minhas Amigas e meus Irmãos da Terra e do Mun­do Espiritual — porque os mortos não morrem! — que me honram com a sua au­diência: o Evangelho e o Apocalipse de Jesus são riqueza pura. Nessa análise fraterna sobre a Suprema Autoridade do Senhor DO Tudo*1, vamos à narrativa do Evangelista-Profeta, João, 10:1 a 21. Disse o Cristo, no Evangelho:

1 Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no abrigo das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.

2 Aquele, porém, que entra pela porta é o pas­tor das ovelhas.

3 A este o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz, e ele as chama pelo nome, e as conduz para fora.

4 E, quando as traz para fora, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.

Notem que há um grande significado em Jesus levar para fora as ovelhas do curral. Esse ato libertador por si só representa bastante coisa. Voltemos ao texto:

5 Mas, de modo algum, seguirão o estranho; an­tes, fugirão dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.

6 Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.

7 Tornou, pois, Jesus a ensinar-lhes: Em verda­de, em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas.

8 Todos quantos vieram antes de mim são la­drões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.

9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por meu intermédio, será salvo, e ingressará, e sairá, e en­contrará pastagens.

10 O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham sobejamente.

11 Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

12 Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e as abandona, e foge; e o lobo, então, as arrebata e dispersa.

13 Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem preocupação com as ovelhas.

14 Eu sou o Bom Pastor, e conheço as mi­nhas ovelhas, e por elas sou conhecido.

15 Assim como o Pai me conhece a mim, também Eu conheço o Pai e dou a minha própria vida pelas ovelhas.

16 Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco [rebanho]; a mim me convém conduzi-las, e elas ouvirão a minha voz; então, haverá um só rebanho para um só Pastor.

17 Por isso, o Pai me ama, porque Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas e posso tornar a tomá-la.

18 Ninguém me tira a minha vida de mim, mas Eu de mim mesmo a doo; tenho poder para doá-la e poder para reavê-la. E este mandato Eu recebi de meu Pai.

19 Tornou, então, a ocorrer divisões entre os ad­versários por causa dessas palavras de Jesus.

20 E muitos deles comentavam: Ele tem demô­nio, Ele está fora de si; por que dais atenção a Ele?

21 E diziam outros: Não, estas palavras não são de alguém que tenha demônio. Pode, porventura, um espírito do mal abrir os olhos aos cegos?

Jesus, o Pastor Zeloso, não abandona ninguém

O próprio João transcreve, no quinto versí­culo do capítulo 15, esta afirmativa do Cristo:

— (...) Sem mim nada podereis fazer.

Quer dizer, sem essa porta que se abre para o aprisco das ovelhas, que é a Iluminação Di­vina dos ensinamentos do Educador Celes­te, haverá o trabalho de ladrões e salteadores. E eles não vêm para doar de si, mas para tirar; não vêm para salvar, contudo para explorar; não vêm para instruir, desejam manter-nos na sombra; não vêm para educar, buscam incivi­lizar; não vêm para espiritualizar, pois esprei­tam a fim de massacrar na ignorância, na per­seguição, no desrespeito à sagrada criatura humana. O que ensinariam se nada sabem? E, se arvoram conhecer, quando pensam elu­cidar, fazem-no mal.

Entretanto, Jesus, o Pastor Zeloso, cuida das ovelhas com a Sua própria vida e as educa com o Conhecimento além do conhecimento para toda a Eternidade. Na Parábola da Ove­lha Perdida, constante do Seu Santo Evange­lho, segundo Lucas, 15:4 a 7, o Divino Mestre ratifica Sua inestimável dedicação aos Filhos do Pai Excelso:

4 Qual, dentre vós, é o homem que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?

5 Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.

6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizi­nhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

7 Digo-vos Eu que, assim, haverá maior jú­bilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessi­tam de arrependimento.

Ora, essas palavras vieram-me à mente, depois de alguma meditação: não se deve de­sistir das pessoas que se ama; mesmo as que, por um motivo ou outro, se deixe de amar ou que nunca se amou. Na verdade, não se deve jamais desamparar a criatura humana, por­que no fundo formamos a Imensa Família de Deus. Aprendamos com Jesus: Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho. Portanto, vai buscar a ovelha perdi­da onde quer que se encontre.

Cuidado com os salteadores invisíveis

Sobre o Rebanho de Jesus, o Bom Pastor, de que fala João nos seus relatos, ele, que conviveu com o Cristo, narra denúncia feita pelo Mestre, que flagra aqueles agressores (João, 10:1), mui­tas vezes ocultos, espíritos malignos que são citados pelo Papa Leão XIII (1810-1903), em sua famosa Oração a São Miguel Arcanjo*2. Já lhes preveni: são esses os “lobos visíveis e invisí­veis*3, que rondam as famílias, as escolas, os colégios, as faculdades, porquanto as mentes, bem como os celeiros de nossas casas, empresas, bairros, cidades, países. Devemos, portanto, manter incansável oração e vigilância a fim de afastar esse risco ainda imperceptível ao nosso campo visório, mas real e perigoso.

A Porta das ovelhas

Disse Jesus (João, 10:1):

Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no abrigo das ovelhas, mas sobe por outra parte, é la­drão e salteador.

Que porta é essa que dá entrada perfeita ao abrigo das ovelhas? É a Doutrina do Excel­so Pegureiro, com todo o seu corpo místico, da mais avançada elevação espiritual. E esse aprisco das ovelhas não é meramente cons­tituído por ovelhas humanas. Se você não abrilhanta com a Luz do Espírito o seu pen­samento e se diz cristão — e Jesus paira aci­ma do cristianismo dos homens —, você vive na escuridão, e o seu raciocínio será sombrio. Por conseguinte, o Rebanho de Jesus empolga principalmente aquilo que nasce da consciên­cia das criaturas esclarecidas. Não é apenas ao corpo que Ele quer dirigir-se, mas ao Espírito, à Alma, que comanda nossa parte perecível.

* * *

Permanente vivência do Amor Fraterno no lar

Eis aí nossa homenagem a todos os pais do Brasil e do exterior. Lembramos sempre que, nas Instituições da Boa Vontade (IBVs), con­sideramos o Dia dos Pais igualmente todos os dias, pois o Amor na Família precisa ser constante. E, nessa ocasião especial, firmados na súplica do Divino Mestre, em Sua Prece Ecumênica do Pai-Nosso, não nos podemos esquecer de reverenciar o maior de todos os pais: o Celestial.

Arquivo pessoal

Álbum de família: José de Paiva Netto; o pai dele, seu Bruno Simões de Paiva; a mãe, dona Idalina Cecília de Paiva; e sua irmã, Lícia Margarida.

Ao dedicar algumas linhas aos heróis que pelo mundo desempenham bem o seu papel de educar os filhos, faço-o com muito cari­nho. Minha saudação é extensiva aos que não mais se encontram neste orbe, visto que habitam agora o Plano Espiritual, como meu querido pai, Bruno Simões de Paiva (1911- 2000). A morte não interrompe a Vida. Na Terra ou no Céu da Terra continuamos a tri­lhar a Existência Eterna.

Dr. Bezerra de Menezes  

Por exemplo, o nobre Dr. Bezerra de Menezes — que coordena a Revolução Mun­dial dos Espíritos da Luz no Plano da Verda­de — viveu, em sua última reencarnação no Brasil, de 29 de agosto de 1831 a 11 de abril de 1900. Nem por isso deixou de permanecer vivo, porquanto, verdadeiramente, os mortos não morrem! Razão por que aqui comparece com extratos de suas mensa­gens psicografadas a respeito do valor da Família, durante reuniões do Centro Espiritual Universalista, o CEU da Reli­gião Divina, por intermédio do sensitivo Cristão do Novo Mandamento Chico Periotto. A seguir, transcrevemos alguns desses trechos:

Temos de preservar os valores maiores de nossas vidas, que são os sentimentos de mater­nidade, paternidade, de Família, entre todos. Fazendo isso, mereceremos sempre a proteção dos Espíritos de Deus, que amparam e equili­bram o ambiente de higiene es­piritual junto ao planeta Terra (...).

Não há Religião firme sem o envolvimento da Família (...).

Se atingirmos o equilíbrio familiar, levaremos o mesmo equilíbrio para a vida diária, para o trabalho, para as relações interpessoais (...).

Reflitamos sobre os compromissos indi­viduais e coletivos de nossas Famílias. Acerta­das as diferenças, conseguimos alimentar ainda mais a maravilha da realização com Deus (...).

Unir nossos entes queridos, parentes ou não, num gesto fraternal perene, na condução, no crescimento de nossas crianças, é ato mo­ral, digno, diante do Pai que está no Céu. O Criador apoia aqueles que harmoniosamente inflamam o seio do Lar no Amor, na Solidarie­dade e principalmente na Responsabilidade da vida. Cuida da Família e o mundo será mais feliz! E a mulher, com o seu espírito maternal, realiza o ensejo da relevância da existência na Terra e do Progresso Espiritual valoroso (...).

Oremos por nosso Brasil e pela huma­nidade, fortalecendo a Instituição chamada ser humano, a Organização chamada Família, porque os povos da Terra sentirão a necessária convivência dos polos diferentes: é a Cultura de Deus, é a universalidade dos Espíritos. Em suma, o Cristianismo Ecumênico.

Arquivo BV

Alziro Zarur  

Meus Irmãos, que haja, para todo o sem­pre, o Amor de Deus a unir pais e filhos, a engrandecer as Famílias. É a salvação da Ter­ra. Como poetizava o Proclamador da Reli­gião Divina, Alziro Zarur (1914-1979):

— O Amor é todo o encanto da Vida. A Vida sem Amor não vale nada.

Feliz Dia dos Pais com Jesus!

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NOTAS:

*1 Senhor DO Tudo — Leia em Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade O Poder do Cristo em nós, de autoria de Paiva Netto, ca­pítulo enriquecedor sobre o assunto: “Jesus, o Senhor DO Tudo”.

*2 Oração a São Miguel Arcanjo Vide o capítulo “O amplo significado do Sexto Flagelo (I)”, em Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade O Poder do Cristo em nós.

*3 Lobos visíveis e invisíveis — Aprofunde-se no assunto lendo a obra do escritor Paiva Netto A Missão dos Setenta e o “lobo invisível”.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.