Jesus — Exemplo Maior de pai zeloso
Agosto, mês dos pais, nos convida a refletir sobre a imensa responsabilidade que Deus confiou àqueles que são genitores de filhos biológicos, adotivos, do coração e/ou de Boas Obras. Como mencionei há décadas, se não houver dedicação e renúncia de nós mesmos, jamais poderemos oferecer bons exemplos verdadeiros. E que tal buscá-los Naquele que devotou a Sua própria vida por Amor a todos nós?!
Sim, refiro-me a Jesus, o Provedor Celeste, Pilar de Esperança, certeza que não frustra os nossos mais puros anseios de renovação espiritual, garantia de dias melhores, mais generosos, em que a Paz, o Amor e a Justiça alavancam a Sociedade Solidária Altruística Ecumênica.
Consoante escrevi na abertura do Livro de Deus (1982), a Doutrina do Novo Mandamento do Cristo — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35) — fraternalmente convida a humanidade a conquistar para a Terra a harmonia que brilha no Cosmos. Somente é necessário um pouco de modéstia perante a Lei de Deus, para que todos vivamos identificados com o Perfeito Mecanismo.
Jesus, o Bom Pastor!
Para isso, fui buscar — como homenagem a todos os Pais de Boa Vontade — trechos de meu livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2018), particularmente no capítulo “Jesus, o Bom Pastor”. Ao seguir os passos Dele, seremos sempre meticulosos no cuidado com nossos filhos e de nossas famílias. Afinal, Jesus é o Divino Modelo de pai zeloso, que nos ensina a amar, proteger e guiar com Bondade, Compaixão e Sabedoria o destino daqueles que nos são confiados:
Minhas Irmãs e meus Amigos, minhas Amigas e meus Irmãos da Terra e do Mundo Espiritual — porque os mortos não morrem! — que me honram com a sua audiência: o Evangelho e o Apocalipse de Jesus são riqueza pura. Nessa análise fraterna sobre a Suprema Autoridade do Senhor DO Tudo*1, vamos à narrativa do Evangelista-Profeta, João, 10:1 a 21. Disse o Cristo, no Evangelho:
1 Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no abrigo das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
2 Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
3 A este o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz, e ele as chama pelo nome, e as conduz para fora.
4 E, quando as traz para fora, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
Notem que há um grande significado em Jesus levar para fora as ovelhas do curral. Esse ato libertador por si só representa bastante coisa. Voltemos ao texto:
5 Mas, de modo algum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.
6 Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.
7 Tornou, pois, Jesus a ensinar-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas.
8 Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.
9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por meu intermédio, será salvo, e ingressará, e sairá, e encontrará pastagens.
10 O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham sobejamente.
11 Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
12 Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e as abandona, e foge; e o lobo, então, as arrebata e dispersa.
13 Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem preocupação com as ovelhas.
14 Eu sou o Bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e por elas sou conhecido.
15 Assim como o Pai me conhece a mim, também Eu conheço o Pai e dou a minha própria vida pelas ovelhas.
16 Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco [rebanho]; a mim me convém conduzi-las, e elas ouvirão a minha voz; então, haverá um só rebanho para um só Pastor.
17 Por isso, o Pai me ama, porque Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas e posso tornar a tomá-la.
18 Ninguém me tira a minha vida de mim, mas Eu de mim mesmo a doo; tenho poder para doá-la e poder para reavê-la. E este mandato Eu recebi de meu Pai.
19 Tornou, então, a ocorrer divisões entre os adversários por causa dessas palavras de Jesus.
20 E muitos deles comentavam: Ele tem demônio, Ele está fora de si; por que dais atenção a Ele?
21 E diziam outros: Não, estas palavras não são de alguém que tenha demônio. Pode, porventura, um espírito do mal abrir os olhos aos cegos?
Jesus, o Pastor Zeloso, não abandona ninguém
O próprio João transcreve, no quinto versículo do capítulo 15, esta afirmativa do Cristo:
— (...) Sem mim nada podereis fazer.
Quer dizer, sem essa porta que se abre para o aprisco das ovelhas, que é a Iluminação Divina dos ensinamentos do Educador Celeste, haverá o trabalho de ladrões e salteadores. E eles não vêm para doar de si, mas para tirar; não vêm para salvar, contudo para explorar; não vêm para instruir, desejam manter-nos na sombra; não vêm para educar, buscam incivilizar; não vêm para espiritualizar, pois espreitam a fim de massacrar na ignorância, na perseguição, no desrespeito à sagrada criatura humana. O que ensinariam se nada sabem? E, se arvoram conhecer, quando pensam elucidar, fazem-no mal.
Entretanto, Jesus, o Pastor Zeloso, cuida das ovelhas com a Sua própria vida e as educa com o Conhecimento além do conhecimento para toda a Eternidade. Na Parábola da Ovelha Perdida, constante do Seu Santo Evangelho, segundo Lucas, 15:4 a 7, o Divino Mestre ratifica Sua inestimável dedicação aos Filhos do Pai Excelso:
4 Qual, dentre vós, é o homem que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7 Digo-vos Eu que, assim, haverá maior júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Ora, essas palavras vieram-me à mente, depois de alguma meditação: não se deve desistir das pessoas que se ama; mesmo as que, por um motivo ou outro, se deixe de amar ou que nunca se amou. Na verdade, não se deve jamais desamparar a criatura humana, porque no fundo formamos a Imensa Família de Deus. Aprendamos com Jesus: Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho. Portanto, vai buscar a ovelha perdida onde quer que se encontre.
Cuidado com os salteadores invisíveis
Sobre o Rebanho de Jesus, o Bom Pastor, de que fala João nos seus relatos, ele, que conviveu com o Cristo, narra denúncia feita pelo Mestre, que flagra aqueles agressores (João, 10:1), muitas vezes ocultos, espíritos malignos que são citados pelo Papa Leão XIII (1810-1903), em sua famosa Oração a São Miguel Arcanjo*2. Já lhes preveni: são esses os “lobos visíveis e invisíveis*3”, que rondam as famílias, as escolas, os colégios, as faculdades, porquanto as mentes, bem como os celeiros de nossas casas, empresas, bairros, cidades, países. Devemos, portanto, manter incansável oração e vigilância a fim de afastar esse risco ainda imperceptível ao nosso campo visório, mas real e perigoso.
A Porta das ovelhas
Disse Jesus (João, 10:1):
— Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no abrigo das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
Que porta é essa que dá entrada perfeita ao abrigo das ovelhas? É a Doutrina do Excelso Pegureiro, com todo o seu corpo místico, da mais avançada elevação espiritual. E esse aprisco das ovelhas não é meramente constituído por ovelhas humanas. Se você não abrilhanta com a Luz do Espírito o seu pensamento e se diz cristão — e Jesus paira acima do cristianismo dos homens —, você vive na escuridão, e o seu raciocínio será sombrio. Por conseguinte, o Rebanho de Jesus empolga principalmente aquilo que nasce da consciência das criaturas esclarecidas. Não é apenas ao corpo que Ele quer dirigir-se, mas ao Espírito, à Alma, que comanda nossa parte perecível.
* * *
Permanente vivência do Amor Fraterno no lar
Eis aí nossa homenagem a todos os pais do Brasil e do exterior. Lembramos sempre que, nas Instituições da Boa Vontade (IBVs), consideramos o Dia dos Pais igualmente todos os dias, pois o Amor na Família precisa ser constante. E, nessa ocasião especial, firmados na súplica do Divino Mestre, em Sua Prece Ecumênica do Pai-Nosso, não nos podemos esquecer de reverenciar o maior de todos os pais: o Celestial.
Ao dedicar algumas linhas aos heróis que pelo mundo desempenham bem o seu papel de educar os filhos, faço-o com muito carinho. Minha saudação é extensiva aos que não mais se encontram neste orbe, visto que habitam agora o Plano Espiritual, como meu querido pai, Bruno Simões de Paiva (1911- 2000). A morte não interrompe a Vida. Na Terra ou no Céu da Terra continuamos a trilhar a Existência Eterna.
Por exemplo, o nobre Dr. Bezerra de Menezes — que coordena a Revolução Mundial dos Espíritos da Luz no Plano da Verdade — viveu, em sua última reencarnação no Brasil, de 29 de agosto de 1831 a 11 de abril de 1900. Nem por isso deixou de permanecer vivo, porquanto, verdadeiramente, os mortos não morrem! Razão por que aqui comparece com extratos de suas mensagens psicografadas a respeito do valor da Família, durante reuniões do Centro Espiritual Universalista, o CEU da Religião Divina, por intermédio do sensitivo Cristão do Novo Mandamento Chico Periotto. A seguir, transcrevemos alguns desses trechos:
— Temos de preservar os valores maiores de nossas vidas, que são os sentimentos de maternidade, paternidade, de Família, entre todos. Fazendo isso, mereceremos sempre a proteção dos Espíritos de Deus, que amparam e equilibram o ambiente de higiene espiritual junto ao planeta Terra (...).
— Não há Religião firme sem o envolvimento da Família (...).
— Se atingirmos o equilíbrio familiar, levaremos o mesmo equilíbrio para a vida diária, para o trabalho, para as relações interpessoais (...).
— Reflitamos sobre os compromissos individuais e coletivos de nossas Famílias. Acertadas as diferenças, conseguimos alimentar ainda mais a maravilha da realização com Deus (...).
— Unir nossos entes queridos, parentes ou não, num gesto fraternal perene, na condução, no crescimento de nossas crianças, é ato moral, digno, diante do Pai que está no Céu. O Criador apoia aqueles que harmoniosamente inflamam o seio do Lar no Amor, na Solidariedade e principalmente na Responsabilidade da vida. Cuida da Família e o mundo será mais feliz! E a mulher, com o seu espírito maternal, realiza o ensejo da relevância da existência na Terra e do Progresso Espiritual valoroso (...).
— Oremos por nosso Brasil e pela humanidade, fortalecendo a Instituição chamada ser humano, a Organização chamada Família, porque os povos da Terra sentirão a necessária convivência dos polos diferentes: é a Cultura de Deus, é a universalidade dos Espíritos. Em suma, o Cristianismo Ecumênico.
Meus Irmãos, que haja, para todo o sempre, o Amor de Deus a unir pais e filhos, a engrandecer as Famílias. É a salvação da Terra. Como poetizava o Proclamador da Religião Divina, Alziro Zarur (1914-1979):
— O Amor é todo o encanto da Vida. A Vida sem Amor não vale nada.
Feliz Dia dos Pais com Jesus!
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NOTAS:
*1 Senhor DO Tudo — Leia em Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós, de autoria de Paiva Netto, capítulo enriquecedor sobre o assunto: “Jesus, o Senhor DO Tudo”.
*2 Oração a São Miguel Arcanjo — Vide o capítulo “O amplo significado do Sexto Flagelo (I)”, em Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós.
*3 Lobos visíveis e invisíveis — Aprofunde-se no assunto lendo a obra do escritor Paiva Netto A Missão dos Setenta e o “lobo invisível”.
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