Extremo exemplo de Coragem

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “A Missão dos Setenta e o ‘lobo invisível’”, de junho de 2018. | Atualizada em dezembro de 2019.

Tocado em meu coração pelas felicitações referentes ao transcurso do meu 65o aniversário, ocorrido a 2 de março de 2006, dirigi-me, no mesmo dia, aos ouvintes da Super Rede Boa Vontade de Rádio, agradecendo as manifestações de carinho. Na oportunidade, voltei a tecer algumas considerações sobre a passagem do Evangelho do Celeste Amigo, consoante Lucas, capítulo 10 (...). Creio ser útil trazê-las a seguir, a fim de colaborar para o esclarecimento dessa questão, aparentemente intrigante, de Jesus nos convidar, segundo certas interpretações, a manter o comportamento de trêmulos “cordeiros” diante de ferozes “lobos”. Ora, o que o Divino Senhor verdadeiramente nos propõe é ato de extrema coragem, valendo-nos de prudência, astúcia e simplicidade, na tarefa de convencer o “lobo invisível” (as almas trevosas) a não mais o ser e a tornar-se um servidor de Deus, a começar pela libertação do Espírito (ou Espíritos) a que perturbava.

Quando o Bom Pastor nos envia como ovelhas para o meio de lobos, significa dizer que Ele nos manda com o coração repleto de Sua Doutrina, de Sua Sabedoria, de Seu Amor, de Sua Coragem para elucidar os seres humanos acerca de Sua Boa Nova Redentora, e não para que nos transformemos em um bando de pusilânimes, conforme pensam alguns a respeito do Cristianismo.

Não é por pregar o Evangelho e o Apocalipse do Cristo de Deus que devemos ser tolos ou tolas, ou, usando terminologia popular, bobões. Longe disso! Dirijo-me a mulheres, homens, jovens, crianças e Espíritos, Almas Benditas, probos, capazes de entender essas minhas modestas meditações. Jesus concedeu-nos o extremado exemplo de destemor: deixou-se crucificar no Gólgota para que, com Sua Divina Luz, pudéssemos ressurgir das cinzas da ignorância espiritual e assumir a Fortaleza Dele.

Tela: Arkhip Ivanovich Kuindzhi (1842-1910)

Título da obra: Cristo no Jardim do Getsêmani.

Na verdade, há um objetivo central do Excelso Taumaturgo ao conduzir as ovelhas — aquelas que, sabendo ou não, fazem jus à luminosidade de Seu Novo Mandamento*1 — ao meio dos “lobos”, que andam pelo mundo perdidos nas convocações da perturbação destruidora: é o de que eles, os “lobos”, consigam sobreviver aos dramas da vida e se tornem espíritos melhores. Desta feita, quando reencarnados, sejam excelentes cidadãos, de modo que deixem de sofrer e de fazer sofrer. E, finalmente, que possam concluir que, acima de tudo, são, em essência, Espírito, filhos de Deus e que, com esse conhecimento básico, podem transformar, para melhor e para sempre, suas existências no Plano Espiritual e na Terra.

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Novo Mandamento de Jesus — Evangelho do Cristo, segundo João, 13:34 e 35; e 15:13 e 9: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos. Porquanto, da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor”.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.