Aos que ficam e aos que partiram
Fonte: Jornal O Sul, edição de 30 de julho de 2007, segunda-feira.
Estamos todos consternados e perplexos ante o trágico acidente aéreo do vôo 3054 da TAM, que partiu de nossa querida Porto Alegre, ocorrido na noite de terça-feira, do dia 17, na cidade de São Paulo. Solidarizo-me com as famílias e amigos das vítimas, pedindo a Deus o amparo e o conforto espiritual para os que ficam e também para os que nos deixaram de forma tão dramática. Onde quer que estejam, pois os mortos não morrem, recebam as nossas vibrações de paz e fraternidade, veneranda saudação de Francisco de Assis.
II Encontro de Abrigos
O Lar e Parque Alziro Zarur da Legião da Boa Vontade, em Glorinha, realizou no dia 20, o II Encontro de Abrigos do Rio Grande do Sul. O objetivo foi proporcionar um espaço de troca de experiências, busca de estratégias de trabalho, levantando possíveis ações preventivas e atuar em rede. A convite da LBV, palestraram a procuradora de justiça do Ministério Público gaúcho, dra. Maria Regina Fay de Azambuja; a psicóloga da Fundação de Proteção Especial da Secretaria da Justiça do Rio Grande, sra. Ana Celina Garcia Albornoz; o Coordenador do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), psicólogo Ildo Roberto Franz; o consultor da Associação dos Conselheiros Tutelares do RS, dr. Hamilton Guilherme Brito de Almeida; e a pós-graduada em Gestão Educacional e Metodologia do Ensino das Ciências Humanas, a Pedagoga Maria Suelí Periotto.
Aos ilustres amigos, meus sinceros agradecimentos. O ambiente do Lar e Parque da LBV é sempre o de um recanto de amor e poesia, no qual se valoriza o ser humano e seu espírito eterno.
Boa Vontade, destaque das Américas
Da LBV dos Estados Unidos, Danilo Parmegiani informa-nos que a Seção de ONGs do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, na coordenação da dra. Michele Fedoroff, disponibilizou um blog na internet (www.amrif.blogspot.com), no qual destaca as ações da LBV como a representação das Américas na conferência mundial do Ecosoc High-Level Segment 2007, que abordou o combate à pobreza e à fome, neste mês, no escritório da ONU em Genebra. Na página é possível assistir a um vídeo sobre o trabalho da instituição brasileira; conferir mais de duzentas fotos da sua atuação no encontro e ainda fazer download da revista “Globalização do Amor Fraterno”, nos idiomas inglês e francês. Dessa minha mensagem especial, entregue aos chefes de estado e participantes dos 192 países presentes, trago parte do intróito:
Em “Reflexões da Alma”, que lancei em 2003, ressalto um trecho notável do Preâmbulo da Constituição da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, aprovada em 16 de novembro de 1945, por julgar que outro caminho para a Humanidade será o da destruição: “– Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construídos os baluartes da paz.”
Realmente, urge promover as propostas de real entendimento, outro caminho para os povos será o do remédio amargo.
Há muito ainda a ser feito
Olho para o mundo e penso que não pode ser considerado liberto quem anda faminto; quem passa diante de um colégio, mas não pode freqüentá-lo, porque os pais não têm dinheiro para comprar-lhe o material escolar; quando na TV, mesmo hoje, aos negros sobram papéis secundários e faltam os de projeção no enredo; quando a mulher recebe salários inferiores aos dos homens; quando a droga força a porta das casas das famílias; quando os ricos, para sair à rua, precisam blindar seus carros e, até assim, não se sentem seguros; quando os pobres vivem no aconchego do lar sob o risco de balas perdidas; quando os enfermos não possuem a assistência devida; quando o respeito à liberdade de expressão está sob ameaça constante. Enfim, quando qualquer pátria potencialmente forte, porém com expressiva parte da população ainda na indigência, não alcançou a autonomia espiritual verdadeira, porque tudo tem início na alma das criaturas: tanto o acerto como o desacerto. Daí a necessidade urgente de instruir, educar e espiritualizar com o ecumenismo do coração. Trata-se de um desafio no oceano encapelado pela indiferença de alguns à situação dos indivíduos ou de seus povos. Contudo, constitui uma das mais avançadas decisões que a Humanidade é capaz de enfrentar e tornar auspiciosa realidade. O amor fraterno é o mais potente instrumental para a libertação do ser humano.
A propósito, Cícero (106-43 a.C.), grande tribuno romano, grafou:
“— Dentre todas as sociedades, nenhuma há mais nobre e mais estável que aquela em que os homens estejam unidos pelo amor”.
Eis por que — estimados ouvintes e leitores e respeitáveis leitoras e ouvintes que me honram com sua atenção — o isolacionismo, quando caracterizado pela ilusão do orgulho espiritual, social e político, há sempre de se render, um dia, ao contagiante sentimento de solidariedade espiritual e humana. Alziro Zarur ensinava:
“— Deus criou o ser humano de tal forma que ele só pode ser feliz praticando o bem”.
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