A abrangente missão do Templo da Boa Vontade
A morte não existe!
Para se compreender a abrangente missão do Templo da Boa Vontade (TBV), a Sede Espiritual da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, plasmada no Apocalipse de Jesus, é preciso antes conhecer o Poema do Deus Divino, de Alziro Zarur (1914-1979), cujas principais estrofes — as mesmas que se acham transcritas, em letras de bronze, em uma parede de destaque do Salão Nobre do Templo do Ecumenismo Divino, em Brasília/DF, Brasil — trazemos a seguir:
Poema do Deus Divino
O Deus que é a Perfeição, e que ora eu tento
Cantar em versos de sinceridade,
Eu nunca O vi, como em nenhum momento
Vi eu o vento ou a eletricidade.
Mas esse Deus, que é o meu eterno alento,
Deus de Amor, de Justiça e de Bondade,
Eu, que O não vejo, eu O sinto de verdade,
Como à eletricidade, como ao vento.
E O sinto na ânsia purificadora,
Na manifestação renovadora
Do Belo, da Pureza, da Afeição.
Com Ele falo em preces inefáveis,
Envolto em vibrações inenarráveis,
Que me trazem clarões da Perfeição.
Pois creio é nesse Deus imarcescível
Que ampara a humanidade imperfeitíssima:
Deus de uma Perfeição inacessível
À humana indagação falibilíssima.
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Bondade — que os pecados não consomem —
Do Espírito Divino aos filhos seus:
Deus sempre desce até Seu filho, o homem,
Quando o homem sobe até seu Pai, que é Deus!
Pois creio é nesse Deus imarcescível
Que ampara a humanidade imperfeitíssima:
Deus de uma Perfeição inacessível
À humana indagação falibilíssima.
Sim: “Deus sempre desce até Seu filho, o homem,/ Quando o homem sobe até seu Pai, que é Deus”.
É o que proclama a Religião Divina, com o TBV, o Templo da Boa Vontade, a todas as criaturas espirituais e humanas, sem distinção de crença, descrença, ideologia, partido político, etnia. É um trabalho de abrangência cósmica, que não conhece empecilhos, de modo a fazer que o filho suba ao Pai Celestial, sempre disposto a descer ao coração de Suas criaturas. Como costumo lembrar a vocês: o governo da Terra começa no Céu.
O Ecumenismo do TBV permeia os Mundos Material e Espiritual
Muitos poderiam entender que esse aspecto de atuação sem fronteiras do TBV se restrinja ao fato de que ele avançou além da reconhecida área da Religião e expandiu sua influência altruística por todas as regiões do conhecimento espiritual-humano, como preconizou Alziro Zarur, em 1973, ao afirmar: “Religião, Ciência, Filosofia e Política são quatro aspectos da mesma Verdade, que é Deus”.
Ele assim defendia uma vez mais o Ecumenismo Irrestrito*1, não limitado a duas ou três religiões dominantes, que também merecem de nós todo o respeito, todavia unindo todas as tradições de fé e, além delas, os demais campos da sociedade.
Ocorre, porém, que a missão do Templo da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, seguindo a programação deixada pelo próprio Zarur — denominada por ele próprio de Ecumenismo Total — de unir à Sociedade Celeste a sociedade terrestre, é infinitamente mais ampla, porque adentra o território do Invisível. Desvenda-nos o Plano dos Espíritos, não como algo abstrato, mas realidade concreta, cuja aceitação resultará numa extraordinária renovação da humanidade terrena, que aprenderá muito com os vivos que habitam o mundo dos “mortos”, que não se encontram mortos coisa alguma. Convém, entretanto, alertar, com veemência, que a proposta do Ecumenismo Total, sustentada pela Religião do Terceiro Milênio, consiste na ligação consciente, pragmática, realizadora dos seres terrestres com os seres do Mundo (ainda) Invisível da mais alta hierarquia, e não com os espíritos atrasados, que estão precisando das nossas preces.
Eis-nos, portanto, diante de uma universal Cultura Ecumênica, que não reconhece a separação permanente nem mesmo entre as dimensões material e espiritual, pois são ambas criação de um único Deus.
Em suma, o Ecumenismo Irrestrito significa o mais amplo entendimento entre todas as criaturas terrenas: religiosas, ateias, políticas, filosóficas, científicas, artísticas, esportivas etc. E o Ecumenismo Total é o grande passo além, com o abraço irmão, fraterno, entre os habitantes da Terra e os habitantes do Mundo Espiritual.
Disse Jesus no Seu Santo Evangelho, segundo Marcos, 12:27: “Deus é Deus de vivos, não de mortos. Por não crerdes nisto, errais muito”.
Está aí a gênese de todas as desgraças humanas: pensar que a morte é o término de tudo, e ela não acaba, em absoluto, com nada. Como dizia Zarur, e nós repetimos incansavelmente: “não há morte em nenhum ponto do Universo”.
Paulo Apóstolo atesta a realidade da existência dos habitantes do Plano Espiritual, que não é uma abstração: “E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra, a dos terrestres” (Primeira Epístola aos Coríntios, 15:40).
Ora, o Templo do Ecumenismo Divino é derrubador de vergonhosas bastilhas não somente entre os ainda restritos terrestres, mas entre estes e a luminosidade do Plano Espiritual. O Templo da Paz rejubila-se com todos aqueles que procuram enxergar além dos limites humanos, como o fez, dirigindo-se, em 2 de novembro de 1983, aos fiéis reunidos no Vaticano, o papa João Paulo II (1920-2005). Em seu pronunciamento, Sua Santidade enfatiza que o diálogo com os mortos não deve ser interrompido: “Somos convidados a retomar com os mortos, no íntimo do coração, aquele diálogo que a morte não deve interromper. (...) Com base na palavra reveladora de Cristo, o Redentor, estamos certos da imortalidade da alma. Na realidade, a vida não se encerra no horizonte deste mundo (...)”. (Os destaques são meus.)
Há tempos defendo que o mundo físico não mais evoluirá sem o auxílio flagrante do Mundo Espiritual. Eis o grande ensinamento que as nações aprenderão no transcurso do terceiro milênio.
Como governar bem
Por isso que a Religião Divina tem como horizonte nada menos que Jesus, o Guia Supremo do planeta Terra, Aquele que governa não somente a sociedade terrena, material, visível, como também a celeste, espiritual, ainda invisível. Eis por que o próprio Cristo, Ele mesmo, inspirou ao saudoso Irmão Zarur anunciar a União das Duas Humanidades, à do Céu a da Terra, como solução para todos os problemas que afligem os povos, pois não basta aos governantes conduzir as multidões como se mulheres e homens fossem apenas sacos de carne, sangue e ossos. Isso é a vestimenta. O destino do ser espiritual não é transitório como o daquilo que cobre os seus corpos. Somos, antes de tudo, Espírito criado à imagem e semelhança de Deus, que é Espírito Eterno.
Ensinou Jesus à samaritana, junto ao poço de Jacó (consoante os relatos do Evangelho, segundo João, 4:24), que Deus é justamente isto: Espírito!, importando pois que, como tal, seja adorado: em Espírito e Verdade. Por isso que Zarur, com a ousadia e o alto discernimento que sempre o intuiu, pregou, como “o grande segredo a ser revelado para o perfeito governo dos povos, unir à Humanidade de Cima a humanidade de baixo”.
Não há, portanto, nenhum estadista que possa ser considerado superior neste mundo se não houver compreendido isso. Por maior que seja, ou que o pensem ser, se desconhece as Leis Universais que dirigem os destinos eternos dos componentes do país que conduz, não superou ainda o grau de pré-escola da verdadeira Política, a de Deus, pregada pelo PBV, que justamente surgiu para atender às exigências espirituais dos povos. A Ordem de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, é esta: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas” (Evangelho, segundo Mateus, 6:33).
Ora, os seres humanos vêm fazendo, no campo da Política, exatamente o contrário. O resultado dessa inversão está aí pelo mundo, para quem quiser vê-lo. Os políticos ainda não descobriram o Jesus Político. E, quando o fizerem, convém não brincar com Ele.
Ação abrangente
Nestes tempos finais de um gravíssimo ciclo apocalíptico, vanguardeiramente abrindo uma era nova para a humanidade exausta de sectarismos estéreis, aprisionadores das Almas que Deus criou libertas, a ação do Templo da Boa Vontade não se limita ao restrito campo das criaturas humanas, pois sendo destas estreita a visão, fatalmente restrita será toda e qualquer ação resultante do seu reduzido conhecimento. Daí a admoestação de Jesus, no Seu Evangelho, segundo Mateus, 6:22 e 23:
A luz e as trevas
“22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso;
“23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”
Revolução Mundial dos Espíritos de Luz
Está, portanto, em marcha a Revolução Mundial dos Espíritos de Luz, na Quarta Revelação, a Revolução dos olhos divinamente iluminados pelo Evangelho-Apocalipse do Cristo, corajosamente anunciada pelo Proclamador da Religião Divina, em dezembro de 1953: “Aliás, já se sabe hoje que aquele pugilo de agitadores de massas, que desencadeou a Revolução Francesa, está reencarnando no Brasil, para promover outra Revolução por certo mais nobre e mais humana: a Revolução Mundial dos Espíritos. E não haja dúvidas: eles deixarão a obra feita no Brasil, que é o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho, porque esta Revolução só terminará ao final deste Ciclo Apocalíptico”.
Antes provai se são de Deus
Geralmente quando se fala em Espírito, algumas mentes, que por pouco tempo obscurecem ainda determinados setores das diversas crenças do mundo, gritam arrepiadas: “Espírito! Coisa de satanás! Vade retro!”
Então, como explicar o surgimento das religiões, pois se elas, salvo raras exceções, se originaram justamente de manifestações espirituais?!
No século 17, o cardeal Bona (1609-1674), conhecido como o Fénelon da Itália, com muita propriedade assim se manifestou: “Motivo de estranheza é que se pudessem encontrar homens de bom senso que tenham ousado negar em absoluto as aparições e comunicações das almas com os vivos, ou atribuí-las a extravio da imaginação, ou, ainda, a artifícios dos demônios”.
Espíritos existem e sempre existirão. Que somos senão Espíritos sob a vestimenta da carne?! O que nos compete é discernir se a Entidade Espiritual é evoluída ou se permanece atrasada, como nos aconselha o Apóstolo João, na sua Primeira Epístola, 4:1: “Amados, não deis crédito a qualquer Espírito, antes provai se são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. (...)”.
Um Templo aberto a terrestres, extraterrestres e Espíritos
Há muito tenho explicado que o Templo da Boa Vontade (TBV), a Pirâmide das Almas Benditas, a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, também chamado Templo do Ecumenismo Divino, surge para cumprir uma especial finalidade no mundo. Abrigar o Conselho Deliberativo Mundial da Boa Vontade, cujos elevados propósitos foram concretizados com a criação do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV.
Com as suas portas abertas a todos os seres de Boa Vontade, desde o Natal de Jesus de 1994, o ParlaMundi propõe a conciliação universal de todo o conhecimento espiritual e humano, numa poderosa força a serviço dos povos terrestres, de outros orbes celestes e do Mundo Espiritual Invisível.
Cizânia, radicalismo, hostilidades de todos os matizes devem permanecer afastados dos debates e das proposições religiosas, filosóficas, políticas, científicas, econômicas, esportivas, o que mais o seja, pois o ser humano nasce na Terra para viver em sociedade, Sociedade Solidária Altruística Ecumênica.
O objetivo do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica é agregar o conhecimento vigente nos mundos físicos com o saber infinitamente amplo situado na dimensão do Espírito Eterno; unir as criaturas às civilizações que existem no Mundo Espiritual, ainda invisíveis aos nossos pobres e restritíssimos cinco sentidos materiais.
O humano e o belo, segundo o ser humano; o Belo e o Humano, segundo Deus!
Quando falo em ser humano, faço-o sob o critério fraterníssimo do Ecumenismo Irrestrito e do Ecumenismo Total, que a todos veem como Filhos de Deus, porquanto refiro-me também aos que residem em outros orbes planetários materiais. Nem tudo o que é humano (vida inteligente como a que conhecemos) obrigatoriamente deve parecer com o ser humano terreno. Quem pode provar sermos nós a mais bela forma da Criação Universal? O dia em que nos for concedida, por merecimento próprio, a visão pessoal de Deus, é que teremos a capacidade para aquilatar o padrão verdadeiro da Beleza.
O grande brado do Ecumenismo Divino do TBV é: A morte não existe, os mortos não morrem e não somos os únicos privilegiados da Criação Divina. Todo o Universo é habitado e deve confraternizar, porque Deus é isto, e tão somente isto: Amor! Por trás do triste ceticismo a esse respeito, existe uma tremenda covardia para enfrentar o único fato inafastável nesta vida: um dia todos vamos deixar o corpo físico.
Não foi sem motivo que Zarur nos legou sobre a imortalidade, em forma de versos, o esclarecimento decisivo:
Poema do Imortalista
Dois de novembro é um dia, na verdade,
Rico em lições para quem sabe ver:
A maior ilusão é a realidade,
Já ensinava o excelente Paul Gibier.
Os vivos (pseudovivos) levam flores
E lágrimas aos mortos (pseudomortos);
E os mortos se comovem ante as dores
Dos vivos a trilhar caminhos tortos.
Legítimos defuntos, na ignorância
Desses espirituais, magnos assuntos,
Parece que inda estão em plena infância,
E vão homenagear falsos defuntos.
Não é preciso ser muito sagaz
Para sentir que a vida tem seus portos:
Um dia, o Cristo disse a um bom rapaz
“Que os mortos enterrassem os seus mortos”.
Amigos, por favor, não suponhais
Que a morte seja o fim de nossa vida;
A vida continua, não jungida
Aos círculos das rotas celestiais.
Os mortos não estão aí, cativos
Nos túmulos que tendes ante vós:
Os finados, agora, são os vivos;
Finados, mais ou menos, somos nós.
Acostumar a mente humana à Realidade Espiritual
No editorial da revista LBV, edição no 8, de abril de 1990, afirmei que estamos colaborando no sentido de acostumar a nossa mente, não de forma aleatória, a essa realidade que para muitos já é fato consumado. Dessa maneira, todos vão se familiarizando com uma nomenclatura nova, espiritual e humana que a Religião do Terceiro Milênio traz e que liberta as mentes da ignorância a respeito de seu verdadeiro destino, não como coisa fluida, mas totalmente real e viva. O Templo da Boa Vontade, em Brasília, por exemplo, não é só para as criaturas humanas, palpáveis e materiais, que diariamente o visitam em grande quantidade, mas é também para as espirituais. Essas últimas vão até lá, em muito maior número, para se fortalecer e para ajudar os seus Irmãos, os seres terrenos. Elas são hoje o que seremos amanhã. Somos acima de tudo Espírito. A parte material de nossa existência terrestre é apenas um interregno, pois, mesmo quando estamos na vida corpórea, somos seres espirituais. O corpo está para o Espírito como a roupa para o corpo. Por isso que os governos devem tratar fisicamente bem dos seus povos, sem esquecer, contudo, que, se eles são formados de matéria, possuem também Espírito, dela indissociável: o corpo sem o Espírito é simplesmente o cadáver.
Relacionamento diplomático entre as Duas Humanidades
Ainda naquele editorial, propusemos o estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois mundos. E pouco nos importamos se alguém nos considerar loucos, pois insanos são aqueles que sequer admitem pensar que nem tudo se resume a este mundo. E terminamos assim: a Terra não é o centro do Universo, nem o corpo físico, a nossa destinação final.
Permear os dois mundos
Conscientes de que a existência do Plano Espiritual é uma realidade objetiva, com esse trabalho realizado pelo Templo do Ecumenismo Divino e o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (o ParlaMundi da LBV), queremos permear o mundo material-religioso com o Mundo Espiritual-religioso, o mundo material-político com o Mundo Espiritual-político, o mundo material-econômico com o Mundo Espiritual-econômico, o mundo material-científico com o Mundo Espiritual-científico, o mundo material-filosófico com o Mundo Espiritual-filosófico, o mundo material artístico com o Mundo Espiritual-artístico, o mundo material-esportivo com o Mundo Espiritual-esportivo e assim por diante.
União consciente das Duas Humanidades
Quero destacar que este relacionamento que estamos propondo entre os Planos Visível e Invisível deve ser feito com o Mundo Espiritual Superior e não com as regiões umbralinas, infernais, evidentemente, onde gravitam Almas em estado de profunda perturbação, recebendo urgentes e necessários corretivos da Lei Divina; portanto, inabilitadas para ajudar os que habitam a Terra. (...).
O Mundo Espiritual não é uma abstração
Quais as consequências, por exemplo, de um parlamentar realmente compreender que há vida após a morte do corpo físico? E, ainda mais, reconhecer que existem, na Dimensão Espiritual, políticos capacitados a inspirar-lhe grandes decisões, sem lhe tolher o livre-arbítrio, pois o relacionamento será consciente. E, da mesma forma, para religiosos, filósofos, cientistas, economistas, artistas, esportistas, operários, donas e donos de casa, professores e professoras, médicas e médicos, enfermeiras e enfermeiros, bombeiros, motoristas, taxistas, garis, entre outros.
O Mundo Espiritual não é uma abstração. Há vida inteligente cá e lá. E, como cá, lá habitam Espíritos em várias condições evolutivas. Nem todos são de Luz. A presença dos Espíritos elevados, a todos auxiliando como Anjos da Guarda, dependerá de bons pensamentos e da forma correta de agir. Por isso, é imprescindível, para não cair em tentação, orar e vigiar sempre, como ensinou Jesus (Evangelho, segundo Marcos, 14:38).
No Templo da Boa Vontade (TBV), a Sede Espiritual da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, eles não irão fazer suas orações movidos por fé cega, mas, sim, pela convicção plena de que o exercício da prece vai prepará-los, colocando-os em sintonia com o Governo Invisível da Terra, para melhor atuar em cada um desses campos de vida espiritual-humana, transformando o mundo, de acordo com a Soberana Vontade de Deus, que a tudo dirige. Deus que é Onipotente, Onisciente, Onipresente e Onidirigente.
Irão, pois, ao Templo da Boa Vontade e ao Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, para, por força do Espírito, desenvolver seus talentos. Porque, afinal de contas, somos todos nós o Capital de Deus, que deve ser valorizado, levando-se em conta a Sabedoria Celeste.
Somos todos sensitivos
O relacionamento entre o Mundo Espiritual e o Material é compulsório, já explicamos. A respeito disso, anotou Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, 2a parte, capítulo 9, perguntas 459, 464, 467 e 468:
“459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
“— Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, frequentemente, são eles que vos dirigem.
“464. Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de um Espírito mau?
“— Estudai o caso. Os bons Espíritos só para o Bem aconselham. Compete-vos discernir.
“467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
“— Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.
“468. Renunciam às suas tentativas os Espíritos cuja influência a vontade do homem repele?
“— Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato”.
Na realidade, políticos, filósofos, religiosos, cientistas, artistas, esportistas etc., somos todos médiuns. Mas, se não formos sensitivos evangelizados e apocaliptizados, iluminados pela vivência do Novo Mandamento do Cristo, que é Amor, nada mais poderemos ser do que instrumentos do mal, como sói acontecer nos dias que correm.
Disse Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: “Novo Mandamento vos dou: amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos. (...) Porquanto, da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35; 15:13 e 9).
(...)
Mais uma lição do TBV
A lição que o Templo da Boa Vontade ensina, reiteramos: se existe (como realmente existe) ligação compulsória da Humanidade de Cima (Céu) com a de baixo (Terra) e, portanto, se é inevitável a influência do Mundo Invisível sobre o visível, que ela seja para o Bem. Porque o contato que se estabelece geralmente ainda é com criaturas espirituais maléficas, atrasadas, verdadeiros diabos. E essa interação é infelizmente realizada de maneira inconsciente por grande parte das pessoas, sendo, por isso mesmo, quase sempre perniciosa, com resultados desastrosos na maioria das vezes. Isso por causa da nossa renitente ignorância a respeito das coisas espirituais.
Mas Jesus não nos deixou sem o devido esclarecimento, enfatizamos: “Deus é Deus de vivos, não de mortos. Por não crerdes nisso, errais muito” (Evangelho, segundo Marcos, 12:27).
Trabalhemos, pois — plenamente conscientes —, para mudar essa situação. Queiramos sintonia com as Entidades do Bem.
É o que desejam os Espíritos Superiores, Anjos Guardiães, Amigos Espirituais, conhecidos ainda por Almas Benditas, Espíritos Guias, Orixás, Numes Tutelares...
Captemos com lucidez as suas sugestões, posto que eles existem, livrando-nos da ação solerte do astral inferior.
Mesmo que de forma embrionária, existe em cada ser humano a mediunidade natural que a maior parte das vezes é usada pelos gênios do Mundo Espiritual involuído, alguns, bem apropriadamente, chamados por demônios, “que andam pelo mundo para perder as Almas”, como na Oração a São Miguel Arcanjo, de autoria do papa Leão XIII (1810-1903):
Oração a São Miguel Arcanjo
São Miguel Arcanjo,
Defendei-nos neste combate;
sede nosso auxílio
contra as maldades e ciladas do mal.
Instante e humildemente vos pedimos
que Deus sobre ele impere.
E vós, príncipe da Milícia Celeste,
com este Poder Divino,
precipitai no inferno a satanás
e aos outros espíritos malignos
que vagueiam pelo mundo
para a perdição das Almas.
Amém.
(O destaque é meu.)
Ocorre, porém, que o reino dessas entidades está no fim. Satanás está desesperado por saber que lhe resta pouco tempo, conforme podemos ler no Apocalipse de Jesus, 12:12: “Por isso, festejai, ó céus, e vós os que neles habitais. Ai da Terra e do mar, pois satanás desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que lhe resta pouco tempo”.
Assim sendo, esses espíritos usarão de todos os meios e modos para prejudicar, retardando a vitória do Cristo na Terra — na Política, na Economia, na Religião, na Filosofia, na Ciência, na Arte, no Esporte etc... Eles não querem perder o seu reino nem seus subjugados elementos humanos de ligação na Terra, pois através desses vêm mantendo o seu império de ignorância sobre todas as nações.
É urgente desmascarar esses tartufos invisíveis*2.
É preciso evangelizar e apocaliptizar a humanidade médium
Toda a humanidade é médium. E o resultado desses talentos espirituais desordenados é o que se vê por aí. Por isso, sempre falo da necessidade de se levar aos seres terrenos e espirituais, pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e publicações) e por todos os meios possíveis, o Evangelho-Apocalipse de Jesus, mas em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Cristo — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos” (Evangelho, consoante João, 13:34 e 35; e 15:13).
Na Proclamação do Centro Espiritual Universalista (CEU), feita pelo Irmão Alziro Zarur (1914-1979) a 5 de outubro de 1969, encontramos notável característica da doutrina da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo de evangelização e apocaliptização, para a unidade dos povos, que deve ser conhecida por todos. O saudoso Proclamador da Religião do Amor Universal afiançou: “Há um Planejamento Divino que, neste Final de Ciclo, dará a cada um de acordo com as suas obras — homem, povo e nação —, provando que é imprescindível à sobrevivência da humanidade o conhecimento do Evangelho e do Apocalipse do Cristo à luz do Novo Mandamento, a Religião Divina, pelos políticos, religiosos, filósofos e cientistas, porque Política, Religião, Filosofia e Ciência são quatro aspectos da mesma Verdade, que é Deus”.
O Pentecostes: Fenômeno de Inspiração Ecumênica
Ora, diante desse Planejamento Superior, somos compelidos, pelo poderoso instinto de sobrevivência, a nos familiarizar com a presença dos Espíritos encarregados da execução dos Desígnios Celestes na Terra. Essa convivência entre dois planos nada tem com misticismo, quando doentio, ou mistificação, que são deformidades, desvios daquilo que deveria ser utilizado com a máxima seriedade e grande responsabilidade. Analogamente, exige de nós conduta moral irrepreensível, religiosidade ecumênica, cuja vivência possibilitou aos seguidores do Cristianismo nascente o advento do famoso Pentecostes, conforme se acha narrado no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos de Jesus, versículos de 1 a 4. Naquele momento, a manifestação de Deus, que se deu por intermédio dos Apóstolos e Discípulos do Cristo, foi dirigida aos adeptos de todas as religiões presentes e nas suas línguas pátrias. Não houve apenas um fenômeno de xenoglossia3, contudo um Recado Divino às criaturas reunidas naquele cenáculo, e não somente aos judeus. Foi um fenômeno de inspiração ecumênica, que deve servir de exemplo a todos os religiosos de mente aberta. Aqueles que não desejam mais a intolerância como especialidade das crenças e que já concluíram que a Paz Social tem de ser exemplificada a partir dos líderes das religiões, pois de outra forma os condutores dos demais segmentos da sociedade sentir-se-ão justificados em seus atos de ódio.
A descida do Espírito Santo
(Atos dos Apóstolos de Jesus, 2:1 a 4)
“1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
“2 de repente, veio do Céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
“3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
“4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.”
Adendo
Significado de Espírito
Nesta passagem, a palavra Espírito (versículo 4) significa Deus. Ambos eram sinônimos para os judeus antigos. Num outro ponto da Escritura Sagrada, certos copistas acrescentaram a palavra “Santo”, criando um verdadeiro absurdo: “Porquanto vos digo que toda blasfêmia contra o Filho de Deus será perdoada, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada” (Evangelho, segundo Mateus, 12:31).
Ora, o Espírito Santo é a terceira figura da Trindade do Bem, na ordem hierárquica descendente: Deus (Espírito), Cristo (o Filho), Espírito Santo (coletivo de Espíritos muito adiantados); como pode ser que os erros contra Jesus sejam perdoados e os erros contra o Espírito Santo não?! Neste caso, o termo correto é Espírito (Deus). Sim, porque, quando se blasfema contra Deus, ou seja, infringe-se as Suas Leis soberanas, é necessário pagar a dívida cármica até quitá-la por meio das múltiplas encarnações de luta na Terra: “Em verdade, em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás do cárcere [da vida corpórea], enquanto não pagares o último ceitil” (Evangelho do Cristo, segundo Mateus, 5:26).
Novo Pentecostes
Vem aí — como anunciou Zarur — um Novo Pentecostes.
O Profeta Joel, no capítulo 2, versículos 28 a 32, também revela:
Promessa do derramamento do Espírito
“28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;
“29 até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.
“30 Mostrarei prodígios no céu e na Terra; sangue, fogo e colunas de fumaça.
“31 O Sol se converterá em trevas, e a Lua em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor.
“32 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no Monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, assim como o Senhor prometeu, e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar”.
E ainda sobre o fenômeno espiritual ocorrido com os Apóstolos do Cristo, o Irmão Zarur explica a natureza desse acontecimento, ao responder à seguinte pergunta:
Espírito da Verdade
“P — Qual foi a primeira manifestação do Paráclito ou Espírito da Verdade, prometido por Jesus?
“R — Esta foi a promessa do Cristo:
‘15 Se me amais, guardareis o meu Mandamento.
‘16 E Eu pedirei ao Pai, e Ele vos enviará o Paráclito, a fim de que fique eternamente convosco,
‘17 o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê. Vós, porém, o conhecereis, porque estará em vós e permanecerá convosco.
‘(...) 26 O Paráclito, que é o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e fará que vos lembreis de tudo o que vos tenho dito (Evangelho do Cristo, segundo João, 14:15 a 17 e 26)’.
“Pois bem, a primeira manifestação foi no Dia de Pentecostes: uma espécie de “batismo” no Espírito Santo para os Apóstolos e Discípulos fiéis. Tanto assim que aqueles homens simples — e muitos eram simplórios — passaram a falar e a escrever como verdadeiros sábios. Mas, quanto aos novos ensinamentos ou novas revelações que Jesus não podia transmitir a todos eles, vieram muito mais tarde, de reencarnação em reencarnação. Em suma: como ensinou Kardec, ‘no Pentecostes, o Espírito da Verdade os inspirou, aclarou-lhes a inteligência e desenvolveu neles as mediunidades necessárias ao cumprimento de sua missão’. (...)”
A Oração e seus reais efeitos
Por que, quando vamos a um templo para orar e pedir forças a Deus, saímos fortalecidos?
Se vamos até lá para nos sentirmos melhor é porque essas boas vibrações de saúde espiritual existem de fato e são manipuladas pelos bons Espíritos, ou Anjos Guardiães. Elas se encontram ao nosso dispor, não somente nos templos, por isso temos de saber como captá-las em todos os ambientes, por piores que eles estejam. Na verdade, o Grande Templo é o mundo. Geralmente, procuramos o isolamento para entrar em sintonia com os Espíritos de Deus, mas eles estão em toda parte, a todo momento, mesmo no meio da maior balbúrdia*4. Zarur explicava que Deus coloca Seus Apóstolos até nos bordéis. Podemos sintonizar os Espíritos de Deus em qualquer lugar da Terra. Mais que isso, do Universo, desde que saibamos entrar no nosso Silêncio interior, nos isolar da confusão, até mesmo no meio dela. Ninguém orou mais do que os cristãos primitivos lançados às feras, queimados vivos, dilacerados nos horrores dos circos romanos, no meio do seu próprio sangue, ouvindo os gritos alucinados das massas em delírio. E eles oravam. Oravam. Souberam entrar espiritualmente no seu próprio silêncio. (...).
TBV — A União da Terra ao Céu
O Templo do Ecumenismo Divino (com o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV) ergueu-se na Terra para realizar também o sonho de Jacó, relatado no Livro Gênesis, de Moisés, capítulo 28, versículos de 10 a 17.
E o fará, realmente, porque os Tempos chegaram, ou melhor, já estão em pleno transcurso.
A visão da escada
“10 Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã.
“11 Tendo chegado a certo local, ali passou a noite, pois já era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fez dela seu travesseiro e se deitou para dormir.
“12 E sonhou: Eis posta na terra uma escada, cujo topo atingia o céu; e os Anjos de Deus subiam e desciam por ela.
“13 Perto dele estava o Senhor*5 e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência.
“14 A tua descendência será como o pó da terra; tu te estenderás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as Famílias da Terra*6.
“15 Eis que Eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque não te desampararei, até cumprir Eu tudo o que tenho te falado.
“16 Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não sabia*7.
“17 E, temendo, bradou: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos Céus.”
As instruções de Zarur
Com a sua larga visão das coisas espirituais e a firme vontade de concretizar neste planeta os Planos de Deus, de forma que os homens entendam com naturalidade o significado do sonho de Jacó, que nos mostra o intercâmbio existente entre os dois mundos — o espiritual e o material —, Zarur deixou instruções claras, no número três do Jornal da Boa Vontade, quesitos 105 e 117, ano de 1969, quando oficializou, no dia 5 de outubro, o Centro Espiritual Universalista, o CEU da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo*8.
“105 – Templo da Boa Vontade
“P — Os Estatutos da LBV falam do Templo da Boa Vontade, que seria a prática religiosa do Novo Mandamento de Jesus. Quando virá?
“Zarur — Tudo tem sua hora, como diz a sabedoria popular. O ideal da Legião da Boa Vontade é realmente pioneiro, como observou Pietro Ubaldi: “Um movimento novo, na História da humanidade, coloca Brasil na vanguarda do mundo”. Quais as lições da experiência? Recebida a ordem espiritual, em 1948, comecei a traçar a planta dessa obra gigantesca de fim de ciclo, a LBV (primeiro estágio evolutivo da Religião de Deus, a Religião do Terceiro Milênio). Já em março de 1949 tinha início a “Hora da Boa Vontade”. São vinte anos completos de lutas e sofrimentos, porque a treva se opôs à marcha de um Ideal que não se funda em veleidades humanas: trata-se de uma profecia do próprio Jesus, sintetizada nestas palavras: “Haverá um só Rebanho e um só Pastor”. E o Novo Mandamento de Jesus, que rolou no Evangelho durante quase 2.000 anos, teve sua esplêndida revelação em 7 de setembro de 1959, no Estado de São Paulo, depois de dez anos de preparação nas emissoras do Rio. Não é estranho que isso acontecesse dez anos depois*9? Assim foi, também, com o Templo da Boa Vontade. Nasceu, humildemente, em Jacarepaguá (no Rio de Janeiro), reunindo símbolos das religiões mais seguidas no Brasil. Nem todos entenderam aquela “magia” simples. Hoje, porém, a maioria não só entende como reclama a realização efetiva e definitiva de um templo em que se irmanem os adeptos de todas as crenças religiosas e filosóficas. Assim, pude anunciar, na Cruzada do Novo Mandamento, no Casarão-Riachuelo, a criação de um Centro Espiritual que será o início da concretização do Templo da Boa Vontade. Começa, agora, a seleção dos videntes, dos auditivos, dos psicógrafos, dos intuitivos, de todos aqueles que sejam, realmente, instrumentos fiéis das forças espirituais, isto é, sem nenhum sectarismo religioso. Católicos, protestantes, esotéricos, judeus, muçulmanos, teosóficos, livres-pensadores e ateus, todos testarão os seus dons, como fazem espíritas e umbandistas nas suas sessões. Não se trata, portanto, de um Centro Espírita, mas de um Centro Espiritual em que se reunirão criaturas de Deus, sem nenhum constrangimento, até que chegue a hora da inauguração definitiva do Templo da Boa Vontade, mais um passo para a realização final de um só Rebanho para um só Pastor. Seja feita a Vontade de Deus!
“Centro de Unificação
“E, agora, o quesito 117.
“P — Ouvi no seu programa pelas ondas curtas da Rádio Globo a notícia da criação de um Centro Espiritual em novos moldes. Poderia explicar?
“Zarur — Trata-se do Centro Espiritual Universalista, realmente em novos moldes, porque foi gerado pela Revelação do Novo Mandamento de Jesus. Assim, não teremos uma sessão espírita para os Irmãos espiritistas, mas uma sessão espiritual para os adeptos de todas as religiões e filosofias existentes no mundo. O que se chama de mediunidade não é fato restrito ao Espiritismo: católicos podem ter mediunidades definidas; protestantes podem ser médiuns de vidência e de psicografia; judeus, muçulmanos, budistas, livres-pensadores e ateus podem, também, ser portadores dos carismas de que fala o Catolicismo. Por que não criar um Campo Neutro em que todos possam testar as suas faculdades? É mais um passo na concretização da profecia do Chefe Planetário: Haverá um só Rebanho para um só Pastor. O essencial é que não haja sectarismo de qualquer natureza. Por isso mesmo é que, de acordo com os Estatutos, a LBV e seu Presidente não podem filiar-se a qualquer das religiões criadas pelos homens. Veja bem que o Novo Mandamento é de Jesus e está no Novo Testamento da Bíblia Sagrada: Evangelho de Jesus, segundo João, capítulo 13, versículos 34 e 35; e 15:13: ‘Novo Mandamento vos dou: Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim sereis reconhecidos como meus discípulos. (...) Ninguém tem maior Amor do que este: dar a própria vida pelos seus amigos’.”
E Zarur concluía, dizendo: “Em suma, o Centro Espiritual Universalista (o CEU) é o passo decisivo para o cumprimento de uma das mais importantes propostas da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo: o Templo da Boa Vontade”.
Em 21 de outubro de 1989, dez anos após o falecimento do saudoso Proclamador da Religião Divina, tive a imensa honra de transformar em realidade mais esta sua promessa: inaugurarmos em Brasília/DF, Brasil, o Templo do Ecumenismo Divino, a Sede Espiritual da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, cujas portas estão abertas dia e noite, ininterruptamente.
Cabe a nós realizar, sob a proteção de Deus, esse grande trabalho de preparar os caminhos para a Volta Triunfal de Jesus, honrando o legado do Cristo, o que faremos com toda força de nossas Almas.
“Alea jacta est.” (A sorte está lançada.)
Adendo
Os Ciclos de Dez Anos
Zarur comentou, no quesito 105, a coincidência que faz incidir, a cada dez anos, fatos importantes na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Expliquei isso, ao responder a uma pergunta:
P — Sou um aficionado dos números e da Numerologia. Observei que há na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo um ciclo de fatos importantes que se dão a cada dez anos. Que nos reservará 1989?
R — Como escrevi no jornal Ultima Hora, do Rio de Janeiro, realmente há uma coincidência marcante na vida gloriosa da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo: de 10 em 10 anos, ela lança algo de extraordinário para o Brasil e para o mundo. Em 1949, o Fundador da Legião da Boa Vontade (LBV), Alziro Zarur (1914-1979), lançou a Campanha da Boa Vontade, na Hora da Boa Vontade, de que resultou a criação da LBV.
Abriu-se, então, para os povos e nações da Terra a Era (consciente) da Boa Vontade de Deus.
Em 1959, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Alziro Zarur fez a histórica Proclamação do Novo Mandamento de Jesus (“Amai-vos como Eu vos amei” — Evangelho, segundo João, 13:34), com o Ecumenismo Irrestrito e Total para toda a Cristandade que não se restringe às chamadas “religiões cristãs”, pois abrange todas as religiões do mundo. Em 1969, o Proclamador da Religião Divina lançou aos céus o Centro Espiritual Universalista, o CEU da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, contra todos os sectarismos fanáticos. Em 1979, a 21 de outubro, Alziro Zarur voltou à Pátria de origem de todos nós, o Mundo Espiritual, depois de cumprir gloriosamente a sua missão.
Que nos reservará 1989?
* * *
Pois bem, em 1989, no décimo aniversário do retorno à Grande Pátria Espiritual de Alziro Zarur, fundamos, em Brasília, Distrito Federal, Brasil, no dia 21 de outubro, o Templo da Boa Vontade, antigo sonho de Zarur que pude concretizar com o inestimável apoio do povo, principalmente das mulheres da Boa Vontade de Deus, essas Guerreiras do Cristo. Foi um ano emblemático no cenário geopolítico, com a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro. E a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, com a inauguração de sua Sede Espiritual, vem servindo de aríete para fase decisiva na História: a queda dos muros erguidos pela ignorância humana que teimam em querer separar a humanidade da Terra à Humanidade do Céu da Terra.
Dez anos mais tarde, na passagem de 1999 para o ano 2000, também na capital brasileira, ao lado do Templo da Boa Vontade e do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (o ParlaMundi da LBV), tivemos o ensejo de comandar aquela belíssima manifestação de Fé Realizante e de religiosidade ecumênica, na presença de mais de 200 mil peregrinos: o Réveillon Espiritual do Cristo — O Congresso da Paz, quando demos início à transmissão da Boa Vontade TV e às comemorações dos 50 anos da Legião da Boa Vontade.
Houve, nisso tudo, um significativo esforço da Religião do Amor Universal ao sairmos dos anos mil e novecentos e darmos os primeiros passos na alvorada do terceiro milênio: o de demonstrar que a Esperança Divina permanece ao lado da humanidade.
Muitos esperavam um desastre desabar a qualquer momento sobre o mundo. Tal fato resultou de uma visão distorcida do Apocalipse e do chamado Discurso do Fim do Mundo (da lavra de Jesus, pelas anotações dos Evangelistas). Essa leitura equivocada, por nós tão combatida, conduziu a uma cultura igualmente errônea de que tudo cessaria em 2000 (parecido com o que ocorreu na passagem de 999 para o ano 1000). E, reparem bem, que fora Nostradamus quem fez referência a essa data e não a Bíblia Sagrada. De certo, os povos vêm cavando a própria sepultura, contudo os caminhos continuam abertos para que os emissários da Luz Divina mais velozmente transitem pelo planeta. E o fazem como trombeteiros que são, a anunciar o Mandamento Novo do Amor do Cristo — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35), de maneira que haja sobreviventes aos desatinos humanos.
Prosseguindo por esses marcos espirituais que ocorrem ciclicamente, no ano de 2009, quando celebrávamos o Jubileu de Ouro da luminosa Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, tive a honra de lançar, durante a inesquecível sessão solene dos 20 anos do Templo da Boa Vontade, a primeira publicação da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que fundei dois anos antes, em 1o de fevereiro de 2007. A obra Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus — A saga heroica de Alziro Zarur (1914-1979) na Terra representou um significativo acontecimento na preservação e entronização das raízes espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo nos corações humanos, pois, conforme defini: A Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, surge para iluminar o conteúdo ideológico (espiritual e humano) dos seres de Boa Vontade, da Terra e do Céu da Terra, em todas as áreas de atuação, para que seu modo de exprimir-se e de existir não seja espiritualmente vazio.
E, por fim, em 2019, outro ano notável. Em 19 de outubro, estive em Brasília/DF, para conduzir a sessão solene dos abençoados 30 anos do Templo do Ecumenismo Divino, dando início às comemorações dos 70 anos de fundação da Legião da Boa Vontade (completados em 1o de janeiro de 2020). Agora, em 2022, celebramos outros importantes acontecimentos das Instituições da Boa Vontade de Deus:
• 74 anos de A Hora de Começar
Na FEB, Alziro Zarur recebeu de Jesus a ordem de fundar a LBV, na manifestação espiritual de São Francisco de Assis, por meio da respeitável médium Dona Emília Ribeiro de Mello.
(Rio de Janeiro/RJ — 6 de janeiro de 1948)
• 73 anos da Proclamação da Boa Vontade de Deus e do programa HORA DA BOA VONTAD
Programa criado por Alziro Zarur e veiculado na Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ.
(4 de março de 1949)
• 72 anos de aniversário da LBV
Primeira fase da Religião do Terceiro Milênio.
(Rio de Janeiro/RJ — 1o de janeiro — Dia da Paz e da Confraternização Universal — de 1950)
• 72 anos da Cruzada de Religiões Irmanadas
Primeira reunião oficial da LBV, realizada na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Avançado passo para o relacionamento inter-religioso no mundo.
(Rio de Janeiro/RJ — 7 de janeiro de 1950)
• 63 anos da Proclamação do Amor de Deus
(Rio de Janeiro/RJ — 5 de setembro de 1959)
• 63 anos da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus
(Campinas/SP — 7 de setembro de 1959)
• 53 anos da Proclamação do Centro Espiritual Universalista (CEU) da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo
(Rio de Janeiro/RJ — 5 de outubro de 1969)
• 51 anos da Proclamação da Majestade de Jesus, o Cristo de Deus
(Rio de Janeiro/RJ — 31 de dezembro de 1971)
• 50 anos da Proclamação do Apocalipse de Jesus
(Ribeirão Preto/SP — 1o de outubro de 1972)
• 49 anos da Proclamação da Pedra Filosofal
(São Paulo/SP — 7 de abril de 1973)
• 49 anos da Proclamação da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo
(Maringá/PR — 7 de outubro de 1973)
• 43 anos da volta de Alziro Zarur à Pátria Espiritual
(21 de outubro de 1979)
• 39 anos da Proclamação de Jesus Vivo
(Salvador/BA — 1o de abril de 1983)
• 33 anos do Templo da Boa Vontade
(Brasília/DF — 21 de outubro de 1989)
• 33 anos da Proclamação do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista
(Brasília/DF — 30 de dezembro de 1989)
• 30 anos dos trabalhos práticos do Centro Espiritual Universalista — o CEU da Religião Divina
(6 de janeiro de 1992)
• 28 anos de fundação do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi, da LB
(Brasília/DF — 25 de dezembro de 1994)
• 15 anos da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista
(1o de fevereiro de 2007)
E, para o meu gáudio, a Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus ainda somou à lista:
• 43 anos de Paiva Netto na presidência da LBV
(21 de outubro de 1979)
• 66 anos de trabalho de Paiva Netto na Seara da Boa Vontade
(29 de junho de 1956)
Diante de tudo isso, o que mais nos reserva o terceiro milênio e muito além?! O Profeta Samuel em seu Primeiro Livro, 7:12, no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, confortou o seu povo, dizendo: “Até aqui nos trouxe Deus”.
E nós lhe pedimos licença para completar: E muito mais à frente nos levará!
Com Jesus triunfante os destinos dos povos da Terra estão nas mais seguras mãos.
Quem confia em Jesus não perde o seu tempo, porque Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho.
Quanto mais perto de Jesus, mais longe dos problemas!
Servir a Jesus não é sacrifício. É privilégio!
Deus Está Presente!
Viva Jesus em nossos corações para sempre!
Louvado seja Deus!
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*1 Os Quatro Pilares do Ecumenismo — 1o “Ecumenismo Irrestrito” e 2o “Ecumenismo Total”: São expressões criadas por Alziro Zarur e conceituadas por Paiva Netto; 3o “Ecumenismo dos Corações” e 4o “Ecumenismo Divino”: vanguardeiros conceitos de Paiva Netto. Leia mais sobre o assunto no primeiro volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1987), de Paiva Netto, ou em Reflexões da Alma (2003), best-seller do mesmo autor. Adquira: www.PaivaNetto.com/livros.
*2 Em seu livro A Missão dos Setenta e o “lobo invisível” (2018), o escritor Paiva Netto nos convida a estudar, versículo a versículo, “A Missão dos Setenta Discípulos de Jesus” (Evangelho, segundo Lucas, 10:1 a 24). Nela, denuncia a ação do “lobo invisível”, o espírito obsessor, que a tantas tragédias vem arrastando indivíduos, famílias, sociedades, governos, países.
*3 Xenoglossia — O ilustre pesquisador espírita italiano Ernesto Bozzano (1862-1943), professor de Filosofia da Ciência na Universidade de Turim, esclarece: “O termo ‘xenoglossia’ foi proposto pelo professor [Charles] Richet, com o intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade poliglota propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presentes, dos casos afins (...)”.
*4 Entrar no silêncio — Saiba mais sobre o tema no capítulo “Quanto às Lições do CEU da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo”.
*5 “Perto dele estava o Senhor” — Veja nesta obra o subtítulo “Espíritos confundidos com Deus”, p. 141.
*6 Nota de Paiva Netto
Todas as Famílias da Terra: o Israel de Deus — Isto significa que Deus não tem privilegiados. Falando a um hebreu, não se esquecia dos gentios: “todas as Famílias da Terra”. Eis aqui a justificativa para o gigantesco trabalho dos Apóstolos Pedro e Paulo de levarem ecumenicamente o Cristianismo nascente além das fronteiras hebreias.
*7 Nota de Paiva Netto
Deus está em toda parte — Ora, Deus não estava somente ali, mas em toda parte, por ser Onipresente. O Criador também é Onisciente, Onipotente e Onidirigente. Percebemos nesta passagem mais um caso em que um Espírito de Luz é confundido com a própria Divindade.
*8 CEU da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo — Outros esclarecimentos no Livro de Deus; Livro Jesus; e Jesus, Zarur, Kardec e Roustaing, na Quarta Revelação.
*9 “dez anos depois” — Leia adendo ao final deste capítulo.
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