Ainda Hiroshima

Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, de 22 e 23 de agosto de 2009, sábado e domingo.

Recebi do articulista e poeta Brasilmar Nascimento Araújo, de Goiânia/GO, um e-mail, em que generosamente comenta o meu artigo “Hiroshima”. Escreve o prezado colega: “Com muita satisfação li o seu texto, no qual relata com muita clareza fatos da história da humanidade. Que não esqueçamos jamais a tamanha brutalidade que assolou o mundo. Precisamos, sim, ser a cada dia um ator da Paz em qualquer parte do mundo. Aproveito a ocasião para enviar-lhe o texto ‘Mundo: uma orquestra em descompasso’, publicado em 7/12/2008, no ‘Diário da Manhã’”.

Caro Brasilmar, li o seu trabalho e permita-me destacar este trecho: “Chega de armamentos. De lépidos e destruidores caças. De truculentos tanques. De sorrateiros e perigosos blindados do fundo dos mares ou bases flutuantes que deslizam sobre os oceanos. Peças indispensáveis na logística de todos os beligerantes. Armas da ruína humana. A humanidade está estarrecida da generalidade da violência que assola em todos os sentidos. (...) O investimento tem que ser feito maciçamente no homem, na sua formação moral e intelectual. Alicerçado pelo caminho da sociabilidade desde jovem. Vamos todos partilhar nossas ideias. Balizando a pesquisa e a cooperação, como instrumentos benéficos na melhoria da raça humana. (...) O homem precisa entender que o sangue tem que continuar irrigando os nossos vasos e oxigenando vidas. E, não, sendo derramado nas trincheiras da discórdia e da irracionalidade!”.

De pleno acordo. As soluções dos graves problemas de nossa sociedade passam pela devida valorização do Capital de Deus, ou seja, o Ser Humano e seu Espírito eterno. Do contrário, acabaremos por enfrentar um conflito mundial maior que as duas grandes guerras do século 20 que, numa análise histórica, podem ser classificadas como uma só dividida em duas partes. Que Deus nos livre da terceira!

“TBV – onde o Ecumenismo se encontrou”

Estarei em Brasília/DF, no dia 24 de outubro próximo, para a sessão solene do Congresso Histórico que marca os 20 anos do Templo da Boa Vontade (TBV). A data lembra também os 50 anos da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus e as quatro décadas da referente ao Centro Espiritual Universalista (o CEU da Religião de Deus), feitas pelo saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur, que completará, em 21 de outubro, 30 anos na Pátria da Verdade. Aproveitaremos ainda para antecipadamente abrir os festejos dos 60 anos da criação da LBV, que se deu em 1 o de janeiro de 1950.

O Templo da Boa Vontade, aclamado pelo povo uma das Sete Maravilhas de Brasília, é o monumento mais visitado na capital, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDET).

Um dos mais tocantes depoimentos sobre o TBV vem de uma amiga de longa data, a jornalista gaúcha Marlene Galeazzi, que nos 14 anos da Pirâmide da Boa Vontade, em 2003, nos dizia: “Quero cumprimentá-lo por esta obra maravilhosa que se transformou, desde a sua inauguração, em 1989, no Templo da Paz, no Templo de Meditação dos brasilienses e de quem aqui passa. Como jornalista, sou testemunha de fatos históricos; nem todos revelados pela imprensa. Quando atuava na revista Veja e, depois, no jornal ‘O Estado de S. Paulo’, encontramos aqui, de madrugada, em momentos muito difíceis do país, de crises políticas, mais de um presidente vindo meditar, tocar a Mandala, fazer a espiral, energizar-se com o Cristal, ouvir palavras maravilhosas, músicas de primeiríssima qualidade. Este Templo, hoje, é comentado no mundo inteiro, e nem sei como lhe agradecer por tê-lo construído em Brasília, que é a capital do Terceiro Milênio, onde o Ecumenismo se encontrou”.

Querida Marlene, grato pela distinção e apreço. Essa obra, o TBV, nasceu com o apoio popular e por isso traz a chama da esperança, sentimento que todos ali buscam. Nele vive a glória do Criador representado pelas criaturas ecumenicamente reunidas.

Garanta seu lugar

As caravanas rumo ao Templo das Almas Benditas e dos Espíritos Luminosos sairão de todo o Brasil. Informe-se melhor pelos telefones 0300 10 07 940 (telefone fixo: custo de ligação local mais impostos) e (61) 3345-3435.

Bodas de Ouro

O jornalista Gilberto Amaral* e sua bela esposa, dona Mara, comemoraram bodas de ouro no dia 15 de agosto, na Capela São Pedro de Alcântara, na Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com imenso prazer, o Coral Ecumênico Boa Vontade lá esteve, levando nossa saudação com um repertório que, conforme me relata o maestro Vanderlei Alves Pereira, “muito agradou ao nobre casal e aos seus convidados. Frei Clemente, que celebrou a missa, foi logo dizendo: ‘Vocês [da LBV] só fazem coisa boa. Confio em vocês’”.

Estimados Gilberto e dona Mara, fico feliz por terem gostado de nossa singela homenagem.

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* Gilberto Amaral (1934-2022)

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.