De A Vinha e o Ceticismo
É flagrante a necessidade de alargar a ótica espiritual do pensamento humano criador, para que finalmente se torne aríete da gigantesca libertação que resta por fazer. Em que bases?! Nas do Espírito, desde que não considerado medíocre projeção da mente, porquanto é a Sublime Luminosidade que dá vida ao corpo: eis a Extraordinária Vinha que o Criador oferece à criatura para livrá-la da zonzeira do ceticismo excessivo. Embora uma pequena dose dele seja bastante salutar, se apreciarmos esta advertência atribuída a James Laver (1899-1975), que foi curador do Departamento de Gravura, Ilustração e Design do Victoria and Albert Museum, de Londres, entre 1922 e 1959: “O ceticismo absoluto é tão injustificado quanto a credulidade absoluta”.
Leis físicas e ceticismo
Na nova edição de Jesus e a Cidadania do Espírito (2019), incluí: Nas páginas da obra O cérebro espiritual — Uma explicação neurocientífica para a existência da Alma, do dr. Mario Beauregard, Ph.D., e da jornalista Denyse O’Leary, encontramos esta argumentação da bióloga e naturalista Ursula Goodenough: “A ciência na verdade não pode falar de coisas como telepatia, crença et cetera, de maneira alguma... Tudo que sabemos sobre leis físicas consideraria completa e irrefutavelmente que isso não acontece, que não é a forma como as coisas funcionam”.
É natural que a pesquisa em laboratório tenha consciência de seus limites. No entanto, temos plena convicção de que a extraordinária Ciência chegará às explicações necessárias dos fenômenos espirituais, conforme vem ocorrendo nas investigações de muitos cientistas vanguardeiros.
Os autores do compêndio citam ainda reflexões do pesquisador e autor na área de Parapsicologia Dean Radin, do seu The Conscious Universe, que escreve: “Aos poucos, na década de 1990, [o ceticismo] foi se deslocando de controvérsias sobre a existência de efeito psi para como explicá-lo... Os céticos que continuam a repetir as mesmas afirmações de que a parapsicologia é uma pseudociência, ou que não existem experiências reproduzíveis, são mal informados não apenas sobre o estado da parapsicologia, mas também sobre o atual estado do ceticismo!”
E avaliam os autores: “Em geral, os materialistas reagem ao psi de quatro maneiras: negação categórica, afirmações de que a ciência não pode tratar psi, alegações de que se trata de um efeito trivial e proposição de hipóteses alternativas que permanecem não testadas”. (Os destaques são meus.)
Chamo a atenção para o que enfatizou Ursula Goodenough: “... tudo que sabemos sobre leis físicas...”. Ora, e sabemos tão insuficientemente! A cada dia, conhecimentos postos como irredutíveis são derrubados, ou quase isso, por novas descobertas científicas. Talvez ainda falte mais humildade a muitos desse fabuloso campo. E, para alguns poucos expoentes, menos temor de perder o status quo.
Sabemos que é preciso aprender sempre mais. Sócrates (470-399 a.C.), que dispensa apresentação, dizia: “Quanto mais sei, mais sei que não sei”.
O caminho do aprendizado é infinito. (...) Ora, ser constantemente revista é o grande apanágio da Ciência, o sinete de sua amplitude, a segurança do seu desenvolvimento, o qual tem elevado a novos estágios a humanidade.
Em minha obra Tesouros da Alma (2017), anotei:
Ao perscrutar o conhecimento, o ser humano atinge a Ciência. Quando vivencia o Amor Fraterno, alcança Deus, o supino da Sabedoria, a equação perfeita.
Faço a todos o convite para que também leiam Os mortos não morrem (2018). Nele, pude apresentar o trabalho de inúmeros vanguardeiros que ousaram seriamente investigar o Espírito.
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