A ciência da coragem
Separei do ensaio literário “A Missão dos Setenta e a Lição do Lobo” conceito que escrevi sobre a humildade, para responder às honrosas manifestações de leitores solícitos em conhecer o significado do Natal Permanente de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. É um prazer esclarecê-los, mesmo resumidamente, de que se trata da ambiência melhor para o ser humano viver em sociedade solidária, altruística, aquela que propaga o ecumenismo que se comove com a dor e, portanto, com decisão, atua para levantar os caídos, instruindo-os e alimentando-os, a fim de que, como cidadãos, construam seu próprio destino, para o que é urgente espiritualizá-los também (...). No entanto, esse grande desiderato exige de cada um de nós uma atitude de deferência ao Criador por meio da melhor consideração às Suas criaturas. Aos que Nele não acreditam, e os quais respeitamos, é prudente promover os mais exalçados sentimentos, tais como Fraternidade, Solidariedade, Compaixão, Bondade, Justiça, entre outros que, como seres humanos, possuímos dentro de nós mesmos, às vezes adormecidos. E aí se instala o problema. Somente assim, teremos condições de galgar, longe do radicalismo, crente ou ateu, os degraus do saber, e concluir, como gente civilizada, nossa tarefa na Terra. Senão, viveremos eternamente “batendo com a cabeça na parede”. É essencial a compreensão de que a humildade é uma ciência da coragem, ao contrário da jactância que, segundo Provérbios (16:18), constitui o último passo antes da queda. Não sem propósito, Santo Agostinho (354-430) assegurava: “Deus triunfa sobre a ruína de nossos planos”.
Ainda quanto a ela, fiz constar em Reflexões da Alma (2003) esta assertiva: Jesus ensinou a humildade, jamais a covardia. Um servidor do Cristo não deve viver atemorizado. O medo paralisa a criatura, e Ele determinou aos Seus discípulos ação; mas, damas e cavalheiros, boa ação. “Ide e pregai o Evangelho por toda a parte, anunciando que é chegado o Reino de Deus” (Evangelho, segundo Marcos, 16:15).
Meritocracia sublimada
Que cabe então à pessoa arguta realizar? Conhecer as Leis Dele e cumpri-las, não ao pé da letra que mata, consoante admoestava Paulo Apóstolo; contudo e sempre, em Espírito e Verdade, como propunha Allan Kardec (1804-1869); e, à luz do Novo Mandamento do Cristo, “a Essência de Deus”, na definição do saudoso Alziro Zarur (1914-1979). E tudo encontrará seu porto seguro, no transcurso do tempo e em consonância com o merecimento de cada um, numa visão sublimada da meritocracia de Platão (427-347 a.C.); nunca de acordo com os socavões da impunidade. Experimente! Não custa fazê-lo! Mas é preciso paciência e perseverança. Leibniz (1646-1716) repetia: “Natura non facit saltus”*. Porém, necessário é lembrar que o tempo não cessa de transcorrer e, na concepção de Virgílio (70-16 a.C.), “a fome é má conselheira”.
Consciente da grave afirmativa do autor da “Eneida”, a Legião da Boa Vontade realiza, com a indispensável ajuda do povo brasileiro a entrega das cestas de alimentos da Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. As famílias contempladas participam, durante o ano inteiro, dos programas socioeducacionais da Instituição.
Você ajuda, a LBV faz!
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* Natura non facit saltus — O pensamento de Leibniz também é encontrado da seguinte forma: Natura non facit saltum. A variação de ortografia (saltus e saltum) exibe uma mera diferença numeral, porque, em latim, o substantivo saltus — que significa “salto” — pertence à quarta declinação. Assim, seu singular acusativo é saltum (salto), enquanto seu plural é saltus (saltos).
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