A virtude da paciência

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro "Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós", de novembro de 2014. | Atualizada em julho de 2024.
Arquivo BV

Alziro Zarur

A respeito do fundamental exercício da paciência na vida dos seres humanos, transcrevo a página “O mais difícil”, de autoria do Espírito Hilário Silva, no capítulo 10 do livro A vida escreve. Reproduzo aqui o texto da forma que o saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, o Irmão Alziro Zarur (1914-1979), magistralmente a interpretava durante suas pregações da Hora do Ângelus, na Mensagem da Ave, Maria!

“Diante das águas calmas, Jesus refletia.

Afastara-se da multidão, alguns momentos antes.

Ouviu remoques e sarcasmos.

Viu chagas e aflições.

E o Mestre pensava...

Tadeu e Tiago, o moço, João e Bartolomeu se aproximaram. Não era aquele um momento raro? E ensaiaram perguntas.

Tela: Pompeo Batoni (1708–1787)

João Evangelista

— Senhor — disse João —, qual é o mais importante aviso da Lei de Moisés na vida dos homens?

E o Divino Amigo passou a responder:

— Amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Mas o meu Mandamento é: Amai-vos como Eu vos amo.

Tela: Georges de Latour (1593-1652)

Judas Tadeu

— E qual é a virtude mais preciosa? — indagou Tadeu.

— É a humildade.

Tela: Guido Reni (1575-1642)

 Tiago Maior

Então, Tiago perguntou:

— E qual o talento mais nobre, Senhor?

Jesus respondeu:

— O trabalho.

Tela: Jusepe de Ribera (1591-1652)

Bartolomeu

— E a norma de triunfo mais elevada, Senhor? — perguntou Bartolomeu.

— A persistência no Bem.

— Mestre, qual é, para nós todos, o mais alto dever?

— Amar a todos, a todos servir sem distinção.

— Mas, Senhor — respondeu Tadeu —, isso é quase impossível!

E clamou Tiago:

— A maldade é atributo geral. Eu faço o Bem quanto posso, mas apenas recolho espinhos de ingratidão.

— Vejo homens bons sofrendo calúnias por toda a parte.

— Tenho encontrado mãos criminosas toda vez que estendo as mãos para ajudar.

E todos desfilaram as suas mágoas diante do Mestre silencioso.

Então, o Discípulo Amado voltou a interrogar:

— Jesus, o que é mais difícil? Qual é a aquisição, realmente, mais difícil de todas?

Jesus declarou:

— A resposta está aqui mesmo em vossas lamentações. O mais difícil é ajudar em silêncio, é amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar... A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência”.

Reprodução BVTV

Título da Obra: Jesus e os doze discípulos.

A Dor é a libertação da Alma

Tanta gente padece na existência terrena. Mas poderá usufruir o benefício de várias encarnações enquanto for necessário esse medicamento para a sua Alma em evolução. Depois receberá a recompensa eterna da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.

Reprodução BV

Ovídio

Não adianta fugir à Dor. O segredo para evitá-la é não a provocar. De que maneira?! Respeitando a Lei Divina. Por isso, é necessário conhecê-la bem. Trata-se de um estudo empolgante e infinito.

Ovídio (43 a.C.-17 ou 18 d.C.) compreendeu a lição do sofrimento: “Suporta e persevera, que essa dor acabará por te ser de grande proveito”.

Assim como tem sido ao Supremo Político, Jesus, que, em Seu Sermão da Montanha (Evangelho, segundo Mateus, 5:5), nos convida: "Bem-aventurados os pacientes, porque eles herdarão a Terra"

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.