Quem são os Simples de Coração?
Pregamos o Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração. Quando digo Simples, não me refiro a quem tenha ou não posses. Não me reporto a posições modestas ou destacadas na sociedade até agora muito imperfeita — mas que sempre evoluirá, ainda que aos trancos e barrancos, porque temos a felicidade de ser criaturas do mesmo Criador. Breve todos compreenderão, pela força do Amor ou lamentavelmente pela Dor, que formamos uma única raça, a Raça Universal dos Filhos de Deus, que, um dia, será majoritariamente composta por cidadãos ecumênicos, isto é, pessoas que ousam transformar, para melhor, um viciado organismo social de privilégios inspirados não no valor particular de cada um, mas no egoísmo deslavado.
Os Profetas anunciam essa notável metamorfose, quando assistiremos à prevalência do Poder de Deus sobre as nem sempre respeitáveis pretensões humanas, geratrizes de tantas guerras. Aliás, quem tem mesmo poder neste mundo? Os poderosos igualmente passam deste para o Outro... Os seres humanos usufruem apenas momentos de poder, dos quais prestarão severas contas, mais dia, menos dia, ao Dono do Poder: Deus! O poder só serve enquanto serve... ao povo. (...) Não fazemos distinção de classe social, nível cultural, preferência política ou filosófica, crença ou descrença, aspecto físico, time de futebol. Falamos à inteligência do coração, riqueza inestimável do Espírito que denomino simplicidade de coração, simplicidade de alma. Porque, se temos a do cérebro, desfrutamos também da que é, digamos, representada pelo “órgão do sentimento”. (No Oriente, há quem considere o fígado como tal.) Elas precisam subsistir unidas, pois, quando se é somente cérebro, podemos estar diante da secura do grande conhecimento que constrói bomba atômica; ou, quando é restritamente coração, corre-se o risco de ser arrastado pelos excessos do sentimentalismo. E, por fim, elevar ambas estas inteligências a do Espírito, alicerçada na Fraternidade Universal. Lembremo-nos do ensinamento de Aristóteles (384-322 a.C.), amplamente conhecido na sua versão em latim: “In medio virtus est” (A virtude se encontra no equilíbrio).
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