Intercâmbio espiritual
Tenho sempre reiterado em meus discursos de improviso que ninguém faz nada sozinho. E não me refiro apenas à cooperação entre Irmãs e Irmãos encarnados. Estou igualmente fazendo alusão ao imprescindível Intercâmbio Espiritual que deve ocorrer a todo momento entre seres visíveis e invisíveis de Planos Elevados, justamente porque, hoje, a realidade que vemos é a ligação com baixas camadas da Espiritualidade. E a ignorância a respeito desse conchavo empurra a criatura humana (e seu Espírito Imortal) ao isolamento extremo de Deus, bem distante de sua salvação eterna, porquanto se firma no que há de pior nos umbrais. Logo, é imprescindível fortalecer aquilo que denominamos de União consciente das Duas Humanidades. Sim, pois não nos encontramos em um planeta restrito à dimensão material.
Por esse mesmo raciocínio, conforme expliquei no Programa Boa Vontade (PBV), em 29 de janeiro de 1991, quando Jesus se dirige aos Anjos das Igrejas, Ele também está se referindo ao Guia Espiritual que toma conta do lugar e que tem os seus similares na Terra, ou seja, as pessoas dedicadas, idealistas e de Fé poderosa. Por isso, é preciso unir a humanidade de baixo (somos nós aqui na matéria) à Humanidade de Cima, a serviço de Deus (nossos Bondosos Amigos do Mundo Invisível). E não podemos inverter a ordem de prioridade, pois este é o sentido da aproximação: do menor rumo ao maior. É o que o Irmão Zarur tão belamente exaltou em versos do “Poema do Deus Divino”: “Deus sempre desce até Seu filho, o homem,/ Quando o homem sobe até seu Pai, que é Deus!”
Isso não é nenhum devaneio, não! O Anjo Espiritual age para cuidar da Igreja e guiar o destino daqueles que estão reencarnados, a fim de que sobrevivam às provações que pediram antes de vir ao mundo. O Anjo encarnado deve manter-se todo o tempo em sintonia com esses Administradores do Alto, para saber conduzir as providências materiais de acordo com os desígnios do Etéreo. Caso contrário, fará um desserviço aos Planos de Deus. Daí a Educação Mediúnica tão necessária ao estabelecimento da convergência consciente Céu-Terra, Terra-Céu.
Quem se integrar, verdadeiramente, no Dia do Senhor terá pelo próprio Deus aberta a porta para todas as dimensões até este momento inconcebíveis à Ciência humana. Há muito o que se descobrir pelas ferramentas de sua esforçada lide, porquanto ela ainda engatinha em seu desenvolvimento. Logo aprenderá que o fundamento do Universo não é a matéria, mas o Espírito. O Universo visível, que a todos deslumbra, é como se fora apenas um esboço da verdadeira Obra de Deus, já disse tantas vezes.
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