A Esperança não morre nunca
Há praticamente um ano nosso país vem enfrentando a Covid-19, terrível moléstia que, até o fechamento desta edição, já ceifou cerca de 2,5 milhões de vidas no mundo todo. Em momentos tão tormentosos como esse, é questão vital mantermos acesa nos corações a chama reluzente da Esperança Divina, de modo que não sucumbam ante o pavor que esses choques lhes impõem.
No fim de outubro de 2019, após Paiva Netto, Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, conduzir a emocionante sessão solene dos 30 anos do Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília/DF, Brasil, durante a qual lançou o livro Jesus e a Cidadania do Espírito, ele havia concluído a preparação de mais uma obra dedicada a Nosso Senhor Jesus Cristo: A Esperança não morre nunca. À ocasião, espiritualmente se sentiu impelido a publicá-la nos meses iniciais de 2020, dando cumprimento a uma Agenda Celeste. Àquela altura, não se imaginava que a humanidade enfrentaria um dos mais graves períodos de sua história recente, com a pandemia do novo coronavírus. O lançamento, então, ocorreu em 10 de abril de 2020, uma Sexta-Feira Santa, e foi disponibilizada ao público a edição digital, que amparou milhares de corações, em mais de 30 países, com essa inspiração profética do Cronograma Superior. Esse conteúdo pôde, de alguma forma, contribuir com as pessoas, levando a elas Esperança, Paz, conforto e esclarecimento espiritual, seja na Terra ou no Céu da Terra, pois, conforme exclama o autor: “Os mortos não morrem!”
A Editora Elevação lança agora, em 2 de março de 2021, a versão impressa de A Esperança não morre nunca. No prefácio da obra, o leitor poderá acompanhar importantes extratos de palestras fraternas do escritor ao longo das décadas, compiladas em artigos e livros dele com a análise ecumênica do Apocalipse do Cristo. Neles, ao aprofundar seu estudo sobre o Último Livro da Bíblia Sagrada, Paiva Netto demonstra a todos o impactante significado profético-espiritual da abertura dos Selos Apocalípticos, que fotografam fidedignamente o resultado da pérfida semeadura que lamentavelmente os seres humanos têm feito pelos milênios.
Presenteamos os leitores da revista JESUS ESTÁ CHEGANDO! com o referido prefácio do autor, neste mês em que ele completa 80 anos de vida, abrindo as comemorações de seus 65 anos de trabalho dedicados à Causa da Boa Vontade de Deus.
Os editores
Luzeiro de Esperança à humanidade
A Legião da Boa Vontade (LBV) e a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo não têm medido esforços para corajosamente proporcionar socorro espiritual e material a milhares de famílias que passam por suas provações físicas, emocionais, psicológicas e, sobretudo, espirituais. Isso graças à incansável ajuda do povo. Não descansaremos um segundo sequer no cumprimento da tarefa a nós designada por Deus. Nosso muito obrigado pela confiança!
Desde os primórdios da LBV e da Religião Divina, na década de 1940, o saudoso fundador desta Casa, Alziro Zarur (1914-1979) — que iniciou o programa radiofônico Hora da Boa Vontade, em 4 de março de 1949, pregando o Apocalipse de Jesus —, deixou claro que essas Obras de Boa Vontade foram forjadas para servir de luzeiro de Esperança à humanidade, ao atravessarmos os episódios difíceis há tempos antevistos do fim de ciclo apocalíptico no qual nos encontramos.
Nestas décadas de pregação ecumênica, tanto dele quanto minha, temos fraternalmente alertado para os graves fatos anunciados nas profecias bíblicas, desde a Gênese Mosaica ao Livro da Revelação, bem como em tomos sagrados das respeitáveis tradições espirituais, sem deixar de fora os profetas laicos de diversos setores do pensamento criador. Vamos humildemente servindo de atalaia, fazendo ressoar bem alto a trombeta, conforme registrou o Profeta Ezequiel (capítulo 33).
Voltando nosso olhar especialmente para o Último Livro da Bíblia Sagrada, pergunto: qual é a sua grande mensagem? Muitos, por desconhecimento ainda, poderão apressadamente responder: “é um recado de terror!” Todavia, seu principal brado é o da Esperança! O Apocalipse é uma carta amiga do Supremo Governante do planeta Terra, Jesus, a todos avisando dos perigos e das ciladas nos caminhos que os povos têm teimado em trilhar, e das consequências de nossos atos. Portanto, igualmente fornece os mecanismos da remissão plena, a partir das Boas Obras que praticamos, inspiradas pela notícia mais importante de todos os tempos:
“12 E repete o Cristo: Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas próprias obras.
“13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
“14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro de Deus, para que lhes assista o direito à Árvore da Vida Eterna, e para entrarem na cidade pelas portas”.
(Livro da Revelação, 22:12 a 14)
Em As Profecias sem Mistério (1998), assim escrevi:
O Apocalipse não fecha a porta da salvação para ninguém. O carma não tem mais poder que o Amor e a Fé quando verdadeiros, porque, na hora certa, podem modificá-lo, porquanto ele significa: causa e efeito. Ora, mudada a causa, corrigido o efeito. Nada mais, nada menos. O Livro das Profecias Finais apenas adverte, na forma eloquente da linguagem profética, a respeito do figurino ético-espiritual que o ser humano não deve vestir, para que os resultados não lhes sejam funestos.
A Autoridade de Jesus e os Selos do Apocalipse
Quando analisamos com o povo “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”1 — série radiofônica veiculada entre outubro de 1990 e fevereiro de 1992, alcançando a marca de mais de 450 programas —, apresentamos nossa perspectiva sobre o Quarto Selo, no qual aparecem o cavalo amarelo e seu cavaleiro. Eis o trecho:
O Quarto Selo
“7 Quando o Cordeiro de Deus abriu o Quarto Selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem e vê!
“8 E surgiu um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e lhes foi dada autoridade sobre a quarta parte da Terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da Terra”.
(Apocalipse, 6:7 e 8)
Recordemos que o primeiro cavalo é o branco (Primeiro Selo), estando sobre ele Jesus, que “saiu vencendo e para vencer”. Em seguida, o cavalo vermelho (Segundo Selo), que retrata a guerra; o cavalo preto (Terceiro Selo) refere-se à fome; e, por fim, o cavalo amarelo (Quarto Selo), que é a morte, caracterizada também pelas doenças e pestes. Os Selos, como um todo, simbolizam a intimidade dos seres espirituais e humanos sendo exposta. E quem possui Autoridade Espiritual para abrir os Selos é o Cristo de Deus. Por isso, Ele está revelando à humanidade aquilo que ela cultiva no coração, para que possa vir a redimir-se de sua ignorância.
Por que o último cavalo é o amarelo? Já pararam para pensar nisso? Ele é decorrência dos dois anteriores, a começar pelo vermelho. E não aguardem apenas acontecimentos literais, pois precisamos decifrar o Evangelho-Apocalipse em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Cristo — “amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35). A guerra traz consigo a fome e a doença, que, por sua vez, se convertem novamente na eclosão de conflitos. É um círculo vicioso que se retroalimenta. Mas não pensem que guerra é somente um pessoal ficar de um lado para o outro a dar tiros ou a lançar foguetes que destroem cidades inteiras. A guerra é muito mais solerte, até mesmo sutil, felina na sua violência, como a todo o momento assistimos por aí, porque satanás é muito astucioso.
Os principais explosivos, já o disse, estão dentro dos corações humanos e é lá que devem ser desarmados. E isso desemboca de igual modo na fome do Espírito, nas mazelas da Alma, que infelizmente levam multidões ao desequilíbrio completo. Então, de uma intimidade espiritual-humana de brutalidade, o que se pode esperar? Observem as relações familiares, ou na sociedade, ou no trabalho… Temos visto uma escalada da violência em vários níveis, que, da mesma forma, desponta como devastadora pandemia e depois se irrompe na má condução da política, da economia, das finanças de um país, por exemplo. Ela gera a exploração de nações mais poderosas sobre as menos fortes, subjugando-as em termos sociais, culturais, científicos e assim por diante. Sem falar nos maus-tratos ao meio ambiente. A devastação da nossa morada coletiva não ficará sem sérios prejuízos a todos os inquilinos da Terra. A destruição da Natureza é a extinção da raça humana, repito há décadas. As mudanças climáticas, o desmatamento, a poluição e outras inconsequentes interferências nos inúmeros ecossistemas podem acarretar o surgimento de doenças novas que passam das diferentes espécies aos humanos2. Logo, é necessário compreender que não é Deus Quem amaldiçoa a Terra com os avisos proféticos. A cada ação corresponde uma reação. Não há efeito sem causa. O indivíduo mesmo esculpe o seu destino. Porquanto, diante da ferocidade das conflagrações que nascem nas Almas, por vezes nos tornamos reféns de nossa bestialidade, do próprio ódio destilado no mundo.
Em geral, quando vem a pestilência, por meio de uma pandemia, há aqueles que revelam o que há de pior dentro de si, ao ponto extremo de pessoas se matarem umas às outras. Em contrapartida, muitos crescem espiritualmente, moralmente e vão servir de polos de luz até para esses que estão se dizimando, passando fome, ou enfrentando moléstias mil. Queiramos nós estar nessa segunda chave de elevação espiritual e de exercício da Caridade Completa (Material e Espiritual).
Há uma filigrana na análise dessa passagem bíblica sobre os quatro cavaleiros, retomando o que lhes afirmei anteriormente a respeito da grande mensagem do Apocalipse ser a da Esperança. Qual é o único cavaleiro que regressa no decorrer do Livro Profético? É justamente Aquele que carrega o Sinete Divino da Vitória: Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo. Os outros três passam, mas quem se mantiver fiel Àquele que está montado sobre o cavalo branco — apesar de todo o galope do cavalo vermelho (a guerra), do cavalo preto (a fome e a exploração) e do cavalo amarelo (a peste e a morte) — testemunhará e será copartícipe da imensa transformação de todas as coisas iníquas deste orbe que, de provas e expiações, se elevará à fase de regeneração. É a Misericórdia de Jesus que nos sustenta, ontem, hoje e eternamente! Enfrentaremos as tribulações, mas sabemos, desde o princípio, que não há o que recear; a glória é certa, pois, com o Divino Mestre, sairemos vencendo e para vencer, como nos conforta o Apocalipse!
O Cristo, o vencedor da besta e do falso profeta
“11 Depois vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
“12 Os Seus olhos são chama de fogo; na Sua cabeça há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão Ele mesmo.
“13 Está vestido com um manto tinto de sangue, e o Seu nome é o Verbo de Deus;
“14 e O seguiam os exércitos que há no Céu, montando cavalos brancos, vestidos de linho finíssimo, branco e puro.
“15 Sai da Sua boca uma espada afiada de dois gumes, para com ela ferir as nações; e Ele mesmo as regerá com cetro de ferro, e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
“16 Tem no Seu manto e na Sua coxa um nome inscrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.
“17 Vi, então, um Anjo posto em pé no sol, que clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
“18 para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes.
“19 E vi a besta e os reis da Terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra Aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército.
“20 Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago do fogo que arde com enxofre.
“21 Os restantes foram mortos com a espada aguda que saía da boca Daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.”
(Apocalipse, 19:11 a 21)
Diante de tal inspiração de Fé Realizante, que possamos todos triunfar sob a Divina Claridade da Eterna Esperança chamada Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que jamais nos relega à nossa própria sorte.
As lições fraternas e universais do Rei dos reis e Senhor dos senhores servem de bússola espiritual-moral, a nos guiar em todos os momentos da nossa jornada de Vida Eterna.
Nosso norte é Jesus!
Louvado seja Deus e a Autoridade Espiritual do Cristo, pelos séculos dos séculos! Amém!
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