Ásperas recusas
Em documento dedicado a todos os homens e mulheres de Boa Vontade, publicado em 28 de abril de 1992, no Correio Braziliense, quando refletia sobre o concretizar na Terra de uma profunda transformação de natureza espiritual, lembrando uma citação do saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979), em 1953, destaquei a advertência de Rabindranath Tagore (1861-1941), grande poeta e pensador hindu, contemporâneo e amigo de Mohandas Karamchandi Gandhi, que meditava com humildade: “Graças Te dou, ó Deus, porque me salvas sempre com ásperas recusas”.
Exatamente, velho Tagore, visto que nem sempre o que pedimos a Deus é o melhor para nós.
Ora, o Livro das Profecias Finais é uma Revelação Divina (Apocalipse de Jesus, 1:1). Por isso, não pode ser algo que venha a atemorizar cumpridores de suas obrigações perante a própria consciência e a Consciência do Criador. (...) Deus quer o nosso bem, mesmo que não o saibamos ou não o entendamos.
Mas o Apocalipse, sobre o qual temos falado e muito mais pretendemos comentar, não pode ser analisado sob forma meramente literal, escrava das limitadoras dimensões de tempo e espaço terrenos, ou sob o reprovável critério do recalque.
Para finalizar estas palavrinhas, o importante é que jamais nos esqueçamos de que, se Deus é Amor, constitui também elevada Justiça, a qual só pode ser aplicada por Ele.
Muito apropriadamente concluiu Alziro Zarur, numa de suas memoráveis palestras: “A Lei Divina, julgando o passado de cada um — homem, povo ou nação —, determina-lhe o futuro”.
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